domingo, 28 de dezembro de 2008

' O lado otaku: Ressurreição?


Wah... Eu tenho um lado otaku dentro de mim, que esteve adormecido durante o ano inteiro, praticamente. Eu não acompanhei mais vários animes paralelamente, não li quase nenhum mangá no computador, escrevi algumas fics e falhei em ver animes novos. Eu deixei minha parte otaku dormir um pouco e sentia que faltava aquela energia de antes... (yeah, papo de doido! O.õ)
Enfim... Agora nas férias eu comecei a ver séries e confesso que viciei nelas \o/
Mas o otaku dentro de mim acordou e pediu por socorro! XD Conclusão: voltei a ver Bleach, estou tramando novas fics, minha sede por mangás e animes voltou e eu vou mergulhar de cabeça nos animes yaoi, ao menos é o que parece!
Tenho que aproveitar muito bem essas férias, já que 2009 promete ser um ano de correria! *.*
Vamos ver quanto tempo vai durar dessa vez a febre otaku... *feliz do além*

~ "Status" ~

Assistindo: One Tree Hill, Gossip Girl, Bleach e Kuroshitsuji.
Lendo: Eclipse.
Tentando ler: Entrevista com Vampiro, O mundo de Sofia e Dom Casmurro.
Tentando baixar: bons mangás e doushinjis (é assim que escreve? O.õ) yaoi.
Pensando em escrever: fanfic de Bleach, de Vampire Knight, contos vampirescos.
Ouvindo: Manacá e desenterrando cds/músicas felizes de anime.

Ps: Anime Dreams tá chegando e dessa vez eu vou mesmo! Preciso terminar o cosplay do Matt!

Ps²: Acabou o café! T______T

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

' Eu sempre soube quão grande é o tamanho precipício. Mas teimosa que sou, toda vez que eu chego na beirada e olho lá pra baixo acabo esquecendo a promessa que fiz, e acabo pulando. E eu sempre tenho a sensação de que vou encontrar você quando chegar no fim... E quando eu abro os olhos, só há o chão.





"Amor só é bom se doer."

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008


"Natal. Natal. Natal... Explore essa magia ao seu redor e contagie o mundo com o que você tem de melhor... Natal. Natal. Natal."

Mais uma vez é tempo de festa, de estar com a família, de presentear e de sorrir.
Natal me deixa feliz sim, mas de certa forma me deixa um pouco triste também... A estranha sensação de que eu preciso me mexer, de fato ainda não foi embora, só tem me assombrado cada vez mais.
Desculpa, mas Natal é época de mandar um "Foda-se" pras coisas ruins e continuar!

"Eu já fingi ser muito melhor, eu já aprendi a ser pior..."

Não foi um ano fácil, eu admito! Mas foi bom poder olhar pra tudo que tava me desapontando e encontrar pessoas que realmente fizeram a diferença. Por diversas vezes eu me senti terrivelmente sozinha. Mas eu também conheci várias pessoas que acrescentaram um pouco no que eu acabei me tornando! \o/
Eu descobri que preciso de um rumo pra vida e que ela não vai me esperar ficar pensando... Eu preciso começar a pensar nas coisas que vão mudar minha vida daqui pra frente. Quase completando 18 anos e eu já me sinto uma velha falando! XD
Aliás, preciso continuar a deixar acesa a criança que vive dentro de mim, não importa o que aconteça!
Eu com certeza já fui uma pessoa muito mais forte. Esse ano acabei virando uma chorona-tapada, hah! Mas eu descobri que posso ir muito longe se tiver força de vontade e deixar a preguiça de lado.
Descobri muitas coisas esse ano, daquelas que você só descobre sozinho! Aprendi a dar mais valor pra muita coisa, inclusive família. E encontrei um meio de fugir da realidade, mergulhando nos meus contos e fazendo teatro.
Ok, chega de retrospectiva! hunf!

Eu fui uma boa menina, papai noel!
(a)

Em 2009 eu quero/vou ser um Cu.ring.a!

[ Só queria como último desejo que nevasse aqui! *.* ]

FELIZ NATAL! \o/


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

' Um tanto subjetivo.

Há um relógio na minha frente. Seu ponteiros se movem tão depressa, fazendo com que as horas sejam ínfimas. E eu continuo aqui, trancada e andando em círculos. Minha cabeça também têm dado muitas voltas. Estou em puro estado de inércia. O sono. O tédio. O peso da rotina, cada vez mais pesado juntamente com o peso das tuas palavras. Elas me fizeram parar. Como se não bastasse tudo que eu tinha pra pensar sobre o futuro, me vem você com suas frases confusas fazendo o buraco no meu peito, há um tempo esquecido, queimar novamente. Eu costumava julgar as coisas mais simples... como se consertar a história, fazendo o máximo para viver somente o presente, fosse destruir a mesma história que ficou no passado. Memórias... Ontem o mundo parou por um instante. E desde então começou a girar devagar. Eu recordei muitas coisas e passei a pensar em algo que não pensava há muito tempo: em mim. Inerte... As coisas não estão me afetando hoje. Eu só me sinto queimar e vejo as horas passando, mergulhando cada vez para mais longe, deixando cada vez mais de me importar, questionando cada pedaço desse quebra-cabeça mais e mais... e esperando que um dia eu finalmente te entenda. Minha cabeça só continua a girar. O sorriso se apagou temporariamente. Eu preciso colocar tudo em ordem antes que o ano novo comece, não quero carregar esses fantasmas por mais nenhum segundo.



"Eu sei que a vida não foi feita para ser olhada aos olhos totalmente nus
por isso não tire o véu.
E enquanto ela caminha sobre o teu olhar
o sol aquece todo o seu andar
e ela se esquece do céu."



Alinhar à direita(Ouvindo Manacá, insistentemente)

domingo, 21 de dezembro de 2008

' Post especial TWILIGHT (um tanto atrasado,tsc)



' Atenção: Pode conter spoilers! ^^

Primeiramente eu preciso anunciar: tô tomando café! não sei o que isso significa para você, mas para mim isso é igual à: Ná muito elétrica/feliz. E eu tô terminando o New Moon e tô feliz com isso... Resumindo, tô em estado de "ecstase" (sei lá se tá certo, eu tenho sérios problemas com essa palavra/não pergunte por quê!) duplo! Porque eu vi o filme e as imagens dele serviram para melhor "ilustrar" o finzinho do New Moon! \o/

Vamos ao post propriamente dito...
O filme me agradou!
Eu tive que me controlar para não ficar dando gritinhos histéricos-irritantes no meio da sessão! A fileira quase inteira atrás de mim fez isso, durante todo o filme... Exceto quando o cara mais bonito/foda do filme, James e sua jaqueta MARA de couro agarradinha, apareceu. Ninguém gritou ou demonstrou qualquer tipo de emoção, então eu tive que gritar um meio reprimido "uhuuu" para ele, sozinha!
Falando em demonstrar felicidade sozinha... Eu tive um ataque de risos quando Edward começou a brilhar! Esperei tanto por aquela cena e na hora lembrei das piadinhas feitas pela Ana...tsc, eu comecei a rir sozinha e ninguém deve ter entendido! Caara, Ed brilhando já era tosco no livro, e deixaram ainda mais tosco no filme! (ps: os efeitos especias do filme não eram bons!)
Personagens:
Ed/Bella: Bem, a descrição que se tem dele nos livros é definitivamente fatal. Ele é simplesmente perfeito em todos os sentidos. Fato. Só que no filme... Bem, o Ed que vimos foi um tanto mais-tapado-do-que-a-Bella! O.o Foi bem estranho no começo, aceitar isso! Não sei se o ator era péssimo ou se era de fato a interpretação que ele TEVE de fazer. Falando em interpretação... Parabéns para a garota-do-quarto-do-pânico! Ela interpreta bem (vide cena final). Gostei muito da Bella!
O restante dos Cullen: Eu adorei a Alice! O Jasper ficou bem estranho com uma cara totalmente estranha e só teve uma fala estranha! Rosalie... cara, a atriz que fez "Aos Treze" foi a Rosalie! O.o Emmett só teve destaque quando pulou encima da caminhonete! Carlisle era um cara legal e Esme era fofinha! Obviamente o núcleo era MUITO bonito (Alice e Emmett saindo na frente com nota máxima: 10) *.* - Estavam bem caracterizados e devidamente bem-feitos! É uma família legal! \o/ (acho que não esqueci de ninguém...)
O povinho da escola: Mike e Eric merecem destaque! Um era feliz demais e o outro era japa, coisa que não foi mencionada de forma alguma no livro! O.o
O trio fatal: Wow! Eu realmente os amei! Muito estilosos e muito bonitões! Eu fiquei babando no James, na jaqueta e no rasta do Laurent, no manto e no cabelo da Victoria! *.* (ps: a cena em que o James morre foi linda! Alice subiu nele e quebrou o pescoço!! Uhul!)
O Volvo: Caaara, aquele Volvo prata tão mencionado no livor realmente é bonitão! E meio que teve uma cena própria! :O
Acho que mais nenhum personagem merece destaque...hunf.

XD

Acho que não faltou nenhuma cena, nenhuma marcante pelo menos. Todas as cenas de que eu me lembro no livro apareceram! Foi uma "ilustração" e tanto! Repito: tive que me conter para não gritar!
Ah, várias partes foram engraçadas! A melhor parte é quando a Bella vai à casa dos Cullen e eles estão estreiando sua própria cozinha graças a ela! Amey!
Hmmm... eu com certeza tinha muito mais a falar, mas me esqueci de tudinho, tudinho!
Estou terminando o New Moon e estou ansiosa para o lançamento do filme!

Só pra quebrar a onda Twilight: Ganhei o copo do Madagascar!! É Melman! *.*

Termino esse pos aqui, sem café e ainda estado de "ecstase".

Bubais ~

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"Não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias."
(Clarice Lispector)


Momento cult do dia
- Fones de ouvido: Amy Winehouse
- Mesa do pc: Xícara de café (pra reanimar/encher a cara)
- Bloco de notas: uma antiga fanfic em andamento (?)
- Janelas: Meio abertas com vista direta para o maravilhoso céu-de-fim-de-tarde (o céu nunca mais ficou rosa - isso significa muito para mim/assunto interno)
- Sentindo: nostalgia/tranqüilidade/sei-lá-o-que-mais


[About image: quando penso na minha tattoo de Curinga, penso em algo mais ou menos assim.]


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Boneca de Porcelana - Parte I

Estava deitada quando ele chegou, a passos lentos e elegantes como sempre. O ar sombrio predominava, não só no velho e bagunçado porão, mas também em sua aura. A garota permaneceu deitada, imóvel, tentando definir em meio à escuridão, as formas do belo homem a sua frente. Quase não lembrava de sua face, afinal, havia dias ou até meses que a criatura aparecia apenas pela noite.Havia apenas uma janela, posicionada no alto de uma das paredes sujas daquele local mórbido. A luz da lua era inútil, quase não alcançava o lugar...

A figura sobre-humana aproximou-se mais da cama e novamente parou. Observou-a como se não a visse há séculos. Ela possuía belas formas, infantilizadas pela longa camisola e cabelos ondulados que chegavam quase à sua cintura. Deixou escapar um sorriso, um tanto malicioso, no canto dos lábios sedutores. Divertia-se enquanto hipnotizava a garota com seu olhar que agora era tão brilhante quanto o sol.

Ela já não fazia mais esforço algum para tentar quebrar aquele "feitiço" que prendia seus olhos nos dele. Estava tão cansada e tão fraca que sentia que poderia quebrar como uma boneca de porcelana se fizesse algum esforço. Era tão mágico e ao mesmo tempo tão angustiante... Podia ler sua alma por inteira e sabia que por trás daqueles olhos tentadores havia uma tristeza e um vazio que jamais alguém poderia suprir. Já não podia definir quanto tempo havia passado desde então e quando se deu conta ele já estava sentado ao seu lado, com um olhar sério e preocupado. Levantou a mão, lentamente, para tocar seu rosto, mas foi impedida por sua mão gélida.

- Não me provoque senhorita... - disse, em tom firme, com sua voz grave e naturalmente afinada. Por algum motivo não gostava de chamá-la pelo nome, tentava manter-se sempre frio, intocável.

Ela deixou cair uma lágrima, esta que não sabia se era de felicidade ou de tristeza. A criatura a sua frente era amável e ao mesmo tempo tão perversa. A mesma vida que um dia havia salvado deixava agora esvair-se com o passar dos dias...

- Eu... Eu estou cansada. - sua voz era doce, porém fraca. - Por favor, tire-me daqui antes que eu pereça... - o choro se fez evidente.

- Ora, sabia da condição... Como ousa reclamar agora? - dizia sem demonstrar sentimento algum, enquanto passava uma das mãos pelos cabelos ondulados dela.

- Eu mal posso ver a luz do dia... Tenho saudade...

- Saudade de quê? - perguntou, encarando-lhe, fingindo importar-se.

- Do mundo fora... - (explosão) agora as lágrimas caiam com mais rapidez. - daqui. - a última palavra fora fria e acompanhada de certo ódio.

- Você me fascina cada vez mais... - novamente o sorriso malicioso e o brilho dos olhos.

- Por favor, fique comigo esta noite... Eu tenho medo... - sua voz era quase um sussurro.

O sorriso se alargou. Secou as lágrimas do rosto cansado, enquanto ria sarcasticamente. Permaneceu em silêncio por alguns instantes, divertindo-se com o rosto assustado dela. Olhou-a diretamente nos olhos, deixando-a novamente hipnotizada, e então, afastou os cabelos de seu pescoço, cuidadosamente, para então cravar os dois dentes pontiagudos no local sensível. A garota estremeceu com a dor lancinante que o conhecido ritual provocava.
Ele afastou-se, limpando com uma das mãos o sangue que escorria pela própria boca, enquanto observava o fio de sangue banhar a camisola da outra, que agora estava desacordada. Levantou-se, diligentemente, e deixou o lugar.

...

Abriu a janela do quarto com muito cuidado, fazendo o mínimo barulho possível, para não chamar atenção. Pôde escapar facilmente, fechando a janela em seguida. Aquela noite era bonita, com um toque especial carregado na brisa que passava por ela. As ruas estavam desertas e só se ouvia o barulho de cães uivando e latindo ao longe. Estava ansiosa, precisava chegar logo ao cais, para partir assim que o dia amanhecesse, sem deixar rastros. Era um plano perfeito e ela tinha certeza de que ninguém sentiria sua falta.

Tudo estava acontecendo da forma como planejara, até que algo lhe chamou a atenção. Ouviu passos. Seu coração logo acelerou um pouco. Parou, e pelo canto do olho pôde ver que alguém estava trás de si, a alguns metros de distância. Voltou a andar, mais rápido dessa vez. Os passos continuaram e seu coração acelerou ainda mais. Decidiu correr. Virou uma esquina e correu o máximo que pôde. Foi uma escolha infeliz, ela sabia, e isso se confirmou quando os passos da outra pessoa passaram a acompanhar os seus novamente.

Não havia lugar onde pudesse se esconder, ainda mais depois de deparar-se com um beco sem saída. Não agüentava mais correr, e então parou ofegante, virando-se com enorme receio e medo. E ali estava ele, a alguns metros dela, com um sorriso enorme de dentes amarelos: um homem magricela, com roupas sujas e rasgadas.

- Hoje é meu dia de sorte! - exclamou ele, ainda sorrindo.

- O que você quer de mim? - suas pernas tremiam e sua voz estava rouca. - Olha... Eu tenho um pouco de dinheiro... - nunca sentira tanto medo na vida.

O homem soltou uma gargalhada e aproximou-se.

- O que uma garota tão fofinha como você faz acordada a essa hora da noite? - perguntou sarcástico e aproximando-se ainda mais, até ficar a dois passos de distância da jovem amedrontada e indefesa. - Está praticamente me forçando a... - ele retirou do bolso um canivete.

- Por favor...

- Shiii... - puxou-a pelos cabelos, colocando o objeto próximo à sua garganta. - Você vem comigo, donzela...

Ela estava paralisada de medo. Fechou os olhos, tentando lembrar de alguma oração, mas nada lhe vinha à cabeça. Tremia tanto que talvez nem conseguiria andar sozinha, e o homem continuava a puxar-lhe os cabelos. Permaneceu de olhos fechados... Ouviu ruídos e o choro finalmente veio. Ouviu o homem a sua frente gritar apavorado e este então largou o punhado de cabelo.Deixou o corpo cair no chão. Mais ruídos. Alguns passos. Alguém gemendo de dor. Sentiu alguém à sua frente e finalmente abriu os olhos, cheios d'água.
Um lindo homem, de pele extremamente alva que contrastava com seus cabelos negros e destacava seus olhos brilhantes, sorria a sua frente. Olhou em volta e mais a frente estava o homem de antes, ensangüentado e agora morto no chão.

- Eu salvei a sua vida... Creio que agora ela me pertence.

...

Acordou assustada e ofegante. Sentia a testa e a nuca molhadas pelo suor. Não sabia ao certo quantas horas havia dormido, mas se debatera a noite toda. Aquelas lembranças carregavam a dúvida, o arrependimento e o medo, além de insistirem em não deixá-la dormir tranquilamente uma noite sequer. Sentou-se lentamente na beirada da cama, segurou firmemente com as duas mãos a jarra de água que ficava sobre o criado-mudo, esvaziando o recipiente que antes estava pela metade.
Sentia-se cada vez mais fraca... Até quando essa rotina mórbida iria continuar? Não podia mais suportar. Aqueles olhos que sempre a entorpeciam, a sua presença que a fazia delirar... Estava completamente entregue aquele homem encantador. Se tinha certeza de algo, era de que o amava. Afinal, ele salvara sua vida... Por Deus, o que estava pensando? Ele arruinara tudo. Aproveitou-se da situação... Ela que nunca havia acreditado em criaturas perversas como vampiros, agora sentia na própria pele o que eles eram capazes de fazer e não duvidava que poderiam ser muito piores. Um dos maiores sonhos do ser humano é tornar-se eterno. Poderia ela viver eternamente ao lado deste que agora amava? Ah, se pudesse...

Esticou um dos braços e alcançou o crucifixo de madeira jogado no chão. Levantou-se cuidadosamente, com certa dificuldade de manter-se em pé. Apoiando uma das mãos no leito e a passos lentos, caminhou até a parede com a janela ao alto, que trazia uns poucos raios solares para dentro. Observou aquilo como se fosse a coisa mais bela do mundo, o que não deixava de ser naquelas circunstâncias. Levantou as mãos, como se quisesse alcançá-los, mas sabia, era inútil... Encostou-se na parede e deixou o corpo escorregar. Ainda segurava firmemente o crucifixo.

Fechou os olhos, apertou o objeto contra o peito e rezou. Rezou para que tudo aquilo terminasse e começou a chorar. Maldito foi o dia em que fugiu de casa! Estava completamente arrependida, tanto quanto estava entregue aquela criatura. Lembrou-se de sua família, de sua vida antes dali e odiou-se ainda mais por um dia ter praguejado sobre a mesma. Suas lágrimas escorriam lentamente e os soluços ecoavam pelo recinto. Observou fixamente o crucifixo, secando brutalmente algumas das lágrimas, e o atirou com toda a força que lhe restava, observando-o cair no chão, intacto. Deitou-se ali mesmo, abraçando firmemente os joelhos com as duas mãos e permaneceu deste modo pelo que pareceu muito tempo. Adormeceu.

Boneca de Porcelana - Parte II

...

Acordou com o estrondo da porta, levantando-se rapidamente. Seu coração acelerou, numa mistura de surpresa e alegria. Ele havia voltado, mais uma vez ele havia voltado. Parou perto do criado-mudo e acendeu as duas velas que ali estavam, trazendo uma delas consigo e depositando-a no chão, perto da garota.

- Que rostinho abatido... Parece que chorou durante horas. - ele inclinou a cabeça para um lado, fingindo piedade, como adorava fazer.

- Estive pensando... - mais uma vez sua voz era quase um sussurro.

- Uoh... Pensando... - ele a encarou, esperando continuação.

- Você disse que minha vida lhe pertence... Eu estou realmente disposta a mais que isso. Dê-me a eternidade... E ficarei ao seu lado. - ela podia ver seu rosto graças à luz da vela. Era tão pálido e tão belo. Encantou-se novamente (explosão).

Ele esticou uma das mãos, segurando o rosto dela. - Você é muito audaciosa...

Eu... - abaixou a cabeça, como se estivesse envergonhada, e sussurrou. - Eu o amo.

Ele permaneceu em silêncio, deliciando-se com as palavras dela.

De repente encontrou forças para levantar a cabeça, mas sua expressão era mais ódio do que amor. - Como você acha que eu agüentei por todos esses dias? Se não fosse o maldito amor que sinto por você eu já teria... - sua expressão era toda ódio agora (explosão), e percebia-se o esforço para conter as lágrimas, os olhos avermelhados.

- Ora, ora, de onde saiu tanta raiva minha querida? - ele riu. Sentiu o rosto arder ao mesmo tempo em que queimava levemente. Levara um tapa na cara? Ah, ela era mesmo fascinante, aquela garota...

Ela agora o encarava, como se esperasse alguma reação. O coração voltou a acelerar, desta vez por medo.

- Toda essa conversa me deixou entediado. - seu tom era gentil. - Vou levá-la a um passeio... - abraçou-a subitamente e com força, enterrando o rosto dela em seu peito. - Feche os olhos e os abra somente quando eu mandar.

Sentiu uma leve brisa passar por seu corpo e já não sentia mais o forte abraço do outro. Permaneceu de olhos fechados, o coração disparado quase não agüentava de tanta ansiedade. Tentou acalmar-se. Ouviu o barulho de ondas quebrando bem longe...

- Pode abrir os olhos, querida. - sua voz vibrava de excitação.

Ela fez como ele mandara. Receosa, abriu os olhos lentamente.
(explosão)
Olhando a sua frente pôde ver o imenso céu, coberto de estrelas e a lua cheia que brilhava tão perto que sentia que poderia tocá-la se ficasse na ponta dos pés. Os pés. Olhou para baixo e então se deu conta de que estava parada exatamente a centímetros da beira de um enorme precipício. A visão das ondas quebrando nas rochas lá embaixo causou-lhe vertigem e seu corpo desequilibrou-se. Mas como sempre, ele fora mais rápido, puxando-a para si e envolvendo-a novamente num abraço, desta vez menos rígido. Um abraço aconchegante e quente.

Segurou o queixo da garota com uma das mãos, enquanto a outra repousava em sua cintura que parecia de cristal, de tão frágil. Encarou-a enfeitiçando-a com o olhar brilhante e incrivelmente sedutor.
Obviamente ela já não podia mais resistir e não fazia esforço para se desvencilhar daqueles belos orbes. Nada mais lhe importava a não ser aquele momento. Estava completamente estuporada.
A criatura aproximou seu rosto ao rosto paralisado da garota e tocou levemente seus lábios. Não sentia felicidade ao fazer isso. Sentia-se apenas mais frio, como alguém que tem um brinquedo em suas mãos. Por um instante pensou ter despertado a sua ínfima parte humana há tempos adormecida, mas a sensação logo passou e a certeza de seus próximos atos ocupou seu lugar.

- Me desculpe... - ele sussurrou em seu ouvido, lentamente - Não cabe a uma criatura como eu amar outra como você. - causando nela arrepios a cada palavra. Beijou o pescoço alvo e deslizou os dedos por ali, cravando os dentes, quase tão finos quanto uma agulha. Estava tão acostumada com a dor que aquilo causava que já não lhe era mais incômoda. A sensação de ter o sangue sugado era diferente de tudo que já havia sentido antes. Era como se cada pedacinho dela, cada lembrança, saísse pelos minúsculos furos, enquanto a tinta manchava suas roupas.

Mas havia algo diferente desta vez. Estava demorando mais do que de costume. Sentia o mundo girando a sua volta, a sensação de torpor era ainda maior. Podia ouvir, bem de longe, palavras aleatórias, estas que não conseguia definir. Seu corpo começou a esfriar, à medida que o mundo girava mais rápido...
De repente não sentia mais os caninos do outro em sua pele. Ele a soltou abruptamente, para surpresa da garota. Sentiu o corpo pender para trás e já não havia mais chão sob seus pés. Esticou as mãos, mas dessa vez ele não fizera o mínimo de esforço para resgatá-la.

.

.

.

Caiu. E enquanto caía, pôde ver um último sorriso malicioso apagando-se lentamente. Pôde sentir a brisa cortando seu corpo e uma enorme sensação de entorpecencia... Nunca pensara que uma queda pudesse ser tão lenta. O mundo era todo câmera lenta agora. Ouviu uma última vez as ondas quebrando nas rochas, agora mais perto...
Fechou os olhos.
Morreu.
Mas a eternidade que encontrou foi outra.


Fim.


(Escrito e Revisado por Natana Boletini)


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

' Sensação de sei-lá-o-quê :)

Pois é!
Sem chapinha no cabelo. De pijama. Sem maquiagem. De pé no chão. Sem pentear o cabelo.
Totalmente desleixada. Aproveitando o dia frio. Enchendo a cara de café. Ouvindo Amy Winehouse porque é diferente de tudo que ouço normalmente. Com sensação de sei-lá-o-quê.
Sinto que acordei mais verdadeira hoje. Eu poderia sair com meu pijama (que não combina mesmo!) na rua, sem me importar com nada. Poderia passar horas deitada no chão de madeira do quarto, só observando o teto que precisa ser pintado. Vazio. Um pouco de nostalgia. Um pouco de alegria. Ou seria tristeza? Sinto que poderia fazer qualquer coisa hoje. Ou não, porque tô com preguiça. Ao mesmo tempo estou tão completa. Tô feia, rs. Aparência não é relevante hoje. Vontade de gritar. Balançar a cabeça. Dançar. Pular. Tem um curinga sussurrando no meu ouvido que hoje eu posso ser e fazer o que eu quiser. Mas eu só vou continuar aqui, perdida nos meus pensamentos. Ouvindo música. Trancada no meu quarto. No meu próprio mundo. Porque não tem lugar melhor. Curtindo a tal sensação de sei-lá-o-quê.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Só pra constar.











ps: Esse dia no estúdio foi MARA! (no coments pras nossas fotos brizadas... *tendo ataque de risos*)

ps²: eu PRECISO fazer um albúm pra isso no Orkut.

ps³: Refilmagem de "Sr. e Sra. Smith" - coming soon


- EU ME REMEXO... MUITO, honey! Oh yeaah! : )






quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

' It's gone

Frustrada.
É como eu me sinto toda vez que chega o fim do ano.
Os dias passam muito rápido nas férias de dezembro, e quando você pára e olha pro ano que ficou pra trás, vê que ele também passou rápido demais. (é, a gente só percebe quando já passou, porque quando tá vivendo ele, parece uma eternidade. confuso, eu sei. e você também sabe do que tô falando porque certamente também se sente assim.)
E meus dias se resumem à uma rotina mais tranquila ('tranquila' vai perder a trema em 2010? ò.ó), onde eu tenho meus horários alternativos e faço o que bem entendo. Posso dormir bastante, dormir tarde e ficar à toa. Só que o dia passa muito rápido e isso não é justo! ( pra eu ser altista só falta bater a cabeça na parede, porque fico tão perdida que aí sim finalmente decido: não sou desse mundo, mamãe!)
Minha definição de férias agora: Socorro, entrei numa máquina que acelera o tempo!
Meu pedido em relação às férias: que se exploda a teoria da conspiração, eu quero férias lentas. Eu disse L-E-N-T-A-S!
E daqui uns dias o Natal chega, logo em seguida vem o Ano Novo e tchubarubaaah: é 2009! E você se pega pensando em tudo que fez no ano passado, tudo que não vai voltar, todas as coisas legais e ruins... E depois vem a parte de planejar o ano. Pensa em tudo que quer mudar dentro de você, na sua casa... em tudo que vai fazer e como se imagina dali há cinco anos. Entra em estado de choque!
Mudança de ano é algo que assusta a gente, definitivamente! Quando eu tinha sete anos, pelo menos parecia que a vida passava devagar, agora ela voa. Por isso que dizem que a vida é tão curta...
OMG! Já são quatro horas da tarde! ò.ó

"Parem o mundo que eu quero descer!"

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

~ One Tree Hill


Essa série me surpreendeu muito.
Tinha somente uma idéia muito vaga quando trocava compulsivamente de canal, aos domingos, e via trechos dela no sbt... Não é só sobre basquete ou carinhas bonitos. Pode ser sim uma série um tanto comum, mas realmente me cativou.
Os personagens falam daquilo que várias vezes você sentiu. Apesar de ser num país totalmente diferente com uma realidade diferente, você encontra um pouco daquilo que nos une exatamente por sermos humanos.
Tem uma trama muito boa, surpreende várias vezes e emociona (já me peguei chorando ao final de vários episódios).
Não é sobre ser popular ou ser o líder do basquete. É sobre ser humano e ter sentimentos.
Cara, eu adoro a Peyton - me identifico mais com ela - o Luke - que usa umas frases muito lindas como "apoio" aos episódios - e a Brooke - que mesmo sendo uma galinha desbocada tem tanto de bom...

Enfim...
Post meio fútil, você pode achar. Mas a série realmente me fascina! (não mais do que Capitu, claro! 8D)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

' fantasia.


.


Eu quero tomar café com o Chapeleiro maluco no meu desaniversário, entrar no meu guarda-roupas e me deparar com Nárnia, tomar um trem com destino à Hogwarts. Quero viver a vida como num anime de magia ou filme de terror, ser uma vilã fodona, ter poderes mágicos e saber manejar uma espada.
Quero descobrir que tenho uma missão, viajar para um mundo de pura fantasia onde dragões existem, tomar uma poção que me transforme em outra pessoa.
Quero ter aulas de runas antigas, ser amiga de um lobo ou mesmo fazer parte de um clã e lutar em guerras feudais depois de ter descoberto uma passagem para o japão antigo.
Quero que que um vampiro morda meu pescoço e quero a eternidade, pra poder descobrir tudo que ainda não descobri, pra poder saber tudo que ainda não sei...



"A realidade é pouco pra mim."
Fato.
Eu sinceramente não vejo porque ignorar esse 'dom' que nos foi dado... o dom de sonhar. Viver só de realidade já tá me cansando, e ela é bem cruel. Chame de doida, maluca, idiota, tapada e do que mais quiser... Eu quero mais é sonhar. E não venha me dizer que nada disso citado a cima é besteira ou que não existe.
Existe sim. Ou tudo que é mostrado nos filmes e livros não foi "feito" por alguém de carne osso?
Além do mais... nada é impossível em cima de um palco.

.

. O valor da amizade .


Desde cedo a gente aprende que precisa de amigos que nos façam companhia, que nos façam bem. Mas amizade não é bem uma coisa que a gente escolhe... É uma questão de "vontade própria da gente", porque quando conhecemos uma pessoa sentimos que ela, de certa forma, nos completa. E completa porque é especial, vai preencher um espaço dentro de nós...
Conforme os anos foram passando eu fui percebendo cada vez maiso quão importante é estar cercada de amigos. Mas amizade, como várias coisas na vida, é algo que nos foge facilmente do controle. Não tem como não se apegar às pessoas, e eu sempre esquecia que as pessoas vem e vão.
Esse ano eu pude conhecer várias pessoas e cada uma das amizades que eu fiz me trouxeram algo que vão permanecer em mim, independente do que aconteça.

Hoje esse post é especial pra você! Quero que você saiba que eu adoro muito você!
Nossas brisas, nossas conversas insanas, aquela quinta-feira maluca e especial, as sessões de foto, o beijo kawaii, os abraços e aquele banho de chuva... Foi tudo especial e vai ficar em mim.

É bom saber que tenho você ^^



quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

E de repente eu me perguntei: O que seria de mim se eu te perdesse?
Com certeza eu teria em mim um enorme vazio...
Eu tento conter as lágrimas mas elas insistem em vir. É algo mais forte do que eu... Eu já perdi o sono. Abracei os joelhos o mais forte que podia, na tentativa de aliviar essa dor que tá me queimando... Ah, como seria bom se a vida fosse perfeita e não houvessem coisas que nos fizessem chorar.
E pensando em tudo que já passou, em tudo que eu vi junto contigo, o quanto nós rimos juntos... Quantas vezes brigamos ou ficamos chateados um com o outro... Era tudo tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Tão presente e tão intocável... Eu sempre me senti no dever de ouvir seus desabafos. E quando eu ficava angustiada você sempre tava lá e sempre me ouvia reclamar de tudo... Me ensinou tanta coisa. Eu não sei explicar essa ligação que eu tenho com você, mas é tão forte... Tão mais forte do que eu...
E eu peço: por favor, não me deixe aqui sem você!
O pior de tudo é que quando eu paro pra pensar, eu vejo que nem fui uma boa amiga. Sempre com minhas promessas não cumpridas e desculpas atrás de desculpas... O máximo que eu sempre fiz foi aconselhar e ouvir, mas sempre de longe. Eu não estava perto quando você mudou, quando você escolheu seguir os próprios erros... E eu me pergunto principalmente, onde eu estou agora que você mais precisa... Você tem vários amigos, eu sei... Mas isso não muda o fato de eu me sentir totalmente inútil em relação a tudo isso...

"Não se pode viver sempre sorrindo"
Mas eu tenho fé... Que tudo isso vai passar, tem que passar!!

...

Você nem vai ler isso, eu sei...

Mas independente de qualquer coisa... EU AMO VOCÊ!

Um pouco de egocentrismo não faz mal.

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Hoje eu acordei feliz.
Com vontade de fazer um monte de coisa legal.
Vontade de cantar, sorrir, brincar...
Pintar as unhas com várias cores, cortar as camisetas antigas, tingir as peças de roupa, pintar o cabelo com uma cor do arco íris, pintar as paredes do quarto, escrever um livro...
Porque a vida é aqui e é agora. E eu que levo meu mundo.
Num segundo eu sou poeta, no outro sou atriz, dançarina de cabaré, boneca adormecida e o que mais eu quiser.
Bailarina? Não, prefiro a maquiagem da Amy...
Hoje eu escolhi as roupas curtas e o lápis preto indispensável nos olhos.
Aliás, cansei de ficar esperando a vida passar diante deles.
Cansei de viver em preto e branco, de usar guarda-chuva e ter medo.
É aqui e é agora... e é só uma vez.

"Tem dias que a gente acorda disposto a levar tapa na cara."

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