terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Fuck off ~

Tem dias que eu só quero ligar o 'foda-se' pro mundo todo e ficar num lugar, apenas comigo, enquanto a cabeça dá voltas estonteantes. Quanta dor de cabeça! Definitivamente devo pensar menos... É que pensar no antes, no depois e até no agora me irrita!
Não quero questionamentos ou julgamentos ou cobranças desnecessárias. Ataco uma pedra na cabeça de quem se revoltar ou achar que tem poder...

Que vá tudo pro inferno de uma vez!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Meu lugar, só meu!

Hoje vamos ser irônicos! - afinal, a vida é uma grande ironia e se a gente não usa desse adjetivo, tudo fica cinza ao invés de azul! *um sorriso aqui*
Vamos ser irônicos!
Levantar cedinho, respirar fundo com um brilho nos olhos e pensar "Mais um dia lindo começa!"
Olhar pro lado, dizer bom dia - daqueles sinceros - pra família, tomar um café e agradecer a Deus pela vida maravilhosa que temos!
Ir ao trabalho, cumprimentando todos pelo caminho, com muitos 'bom dias' respeitosos e carinhosos! Chegar enfim ao serviço, fazer tudo direitinho, sem reclamar! Receber ordens do superior, almoçar aquele almoço delicioso que é melhor do que o de casa, descansar por uma hora inteirinha e voltar ao trabalho até a noite cair. Pegar o carro, dirigir satisfeito por mais um dia árduo, jantar com a família, ajudar com a louça que sobra, ver um pouco de tv e depois dormir muito feliz por outro dia estupendo de vida! Um típico dia comum de semana! - se fim de semana fosse, pouco mudaria. Tiraríamos o serviço e almoçaríamos mais tarde. Veríamos mais tv e sentaríamos no portão no fim da tarde. A segunda logo viria, trazendo a velha rotina e enfim, a vida seria a mesma de sempre!

Mas é domingo!
Billie Holiday canta no meu rádio. Minha família ainda não desligou o modo automático.
E quanto a mim, hoje estou ironicamente feliz! Hoje eu vou fingir que eu sou desse lugar.
Com licença! ;)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Por que é tão difícil alcançar o céu?

Há quanto tempo eu não me sentia assim, tão presa? Mesmo nesses dias tão estranhos essa sensação estava meio submersa. Estava ali, porque ela sempre esteve - às vezes penso que sempre vai estar e um frio passa por minha barriga -, mesmo que ninguém acredite e pense que isso é uma hipocrisia devida a outros acontecimentos... Olhar o céu, ali, daquele lugar tão pacato e bem conhecido despertou essa avalanche de infelicidade, cutucou aquele pedaço exigente e egoísta que existe em mim! Palavras, palavras, palavras e mais palavras. Ações quase nulas. Correntes surgem e aprisionam sem remorso meu pés, minhas mãos. E uma mordaça me deixa muda. Ainda bem que sou humana! Pelo menos sei que ainda penso e ainda consigo escrever...devo agradecer por isso? Essa corja de infelizes deve deliciar-se ao ver a cerimônia para o choque elétrico! Calada...odeio estar calada! Me sinto com a língua cortada.
Pés atados...mãos trêmulas...insanidades me rodeando...muito drama, sim! Ainda bem que existem as lágrimas. Elas sufocam, mas pelo menos são uma expressão... O que seria de mim se não houvessem-me as lágrimas?

"Pois eles querem te ver assim. Quietinha, quietinha... Mordendo os lábios de raiva, fingindo ser perfeitinha, fingindo ter 'entrado na linha'. O mundo das marionetes nunca bastou. O show da roda-viva nunca parou... Tá esperando o quê? Vai lá... vai lá e faz o circo pegar fogo! Não foi você que disse ter vindo pra ver o caos? Não é você que adora cutucar feridas? Será que essa corrente não derrete? Vamos! Suba ali naquele palco improvisado e grite para o mundo inteirinho ouvir que você não tá aqui a toa!"

Entre sussurros, vontades, desesperos e um coração pulsando ao som do silêcio conhecido, numa noite quente de sábado... eu desisto! Desisto por hoje. Já cansei de me desgastar por coisas invisíveis aos olhos alheios.

- "PUTA QUE PARIU... eu não vou nada bem!"

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

' Labirinto

"Mas muito pra mim é tão pouco, e pouco é um pouco demais. Viver tá me deixando louca...não sei mais do que sou capaz! Gritando pra não ficar rouca, em guerra lutando por paz. Muito pra mim é tão pouco...e pouco eu não quero mais!" - quero GRITAR essas palavras de novo, de novo e de novo, até que elas deixem de ser só palavras e virem verdade! Quero sumir por um instante nesse mundo até que minha hipocrisia se torne coragem.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

' Pode bater!

Já imaginei minha vida como se fosse um filme. Com trilha sonora e cenas definidas... Com pessoas sorrindo, créditos finais, gente vendo da platéia e chorando... Já me senti imensamente 'livre' depois de assistir um bom filme de romance. Quis gritar no meio da noite, sob a lua cheia e longe de todo e qualquer olhar alheio, sem me preocupar com o dia seguinte ou com o resto da vida... Tentei juntar coragem pra fugir, diversas vezes. Me senti frustrada pela vida pacata dos seus pais... Tive vontade de chorar ao ver a vida vivida no modo automático... Senti o mundo na palma das mãos depois de uma tragada... Invejei as pessoas que viveram e morreram pelas próprias leis... Repugnei conceitos e pessoas e acabei me tornando igual ou pior do que elas. Senti os olhos brilharem ao imaginar meu maior sonho sendo realizado. Deixei o corpo escorregar pela parede e larguei-me no chão com lágrimas incontroláveis. Observei o teto do quarto, no escuro, apreciei o silêncio da noite e dormi com aquela angústia inexplicável... Tive vontade de tocar o céu... Quis explodir de felicidade com uma música, que naquele momento foi simplesmente a melhor de todas. Deitei a cabeça, pesada devido a tantos pensamentos, no travesseiro fofinho e não conseguindo colocar tudo em ordem dormi sem nem sonhar. Tenho medo de sonhar, quase que todas as noites... Tenho medo do destino também. Às vezes penso que faço de tudo um conto de fadas, outras vezes acho que deveria deixar um pouco de lado a realidade. Quis sentar na beirada de um precipicio e observar as nuvens com um binóculos. Quis, queria, quero e vou querer e continuar querendo muito... Ainda quero banhos diários de chuva, pra limpar a alma. Andar descalça pela rua, correr como se ainda fosse criança, apertar as pessoas que amo, me sentir estúpida, muito estúpida e rir até a barriga doer! Explodir de felicidade. Fazer do meu drama uma lição, me orgulhar por ter vivido. Ah, vida, me dá um tapa na cara... que eu preciso!!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Queria ter os olhos de Maysa. Ouso dizer que os meus tem a mesma intensidade... mas sei que no fundo é mera ilusão. Porém, ah se pudessem entender meus olhos... Se eu mesma pudesse entendê-los... Tudo tem sido tão confuso que tenho vontade de gritar! O mundo se tornou tão apertado e minhas vontades tão impossíveis! Logo agora fui descobrir que não quero pouco. Não quero esse lugar, não sou desse lugar! Quero ir pra longe, muito longe... Quero ter do que me orgulhar um dia. Essa inércia me angustia apenas mais e mais e o choro não para de vir... Me recuso a pensar que a vida vai ser como muitos já ditaram! Sinto pena por aqueles que apenas passam por aí... e mais pena de mim, mais raiva por achar que no fim das contas sou apenas hipócrita! Será realmente hipocrisia? Mais um motivo para me frustrar! Quero me perder naqueles olhos... Um dia novo pra brincar! Sem deixar a vida pra depois, me livrando aos poucos dos meus medos e sendo quem eu realmente quero, descobrindo as entrelinhas de tudo, de mim, da vida, do asfalto! Como se começa a viver de verdade?

"O café já não tem mais o mesmo gosto.
O amargo do cigarro me irrita.
Já paguei tanto minha língua nessa vida...
Meus conceitos desmoronaram.
Uma nova face foi lançada.
E a velha rachadura no espelho continua aqui, na minha frente.
Tentei esquecê-la. Mas essência não se nega.
Isso é meu e não vou tirar daqui. Doa a quem doer. Doa em mim. Arranque sangue.
Mas eu vou dar um jeito de chegar aonde eu quero.
É certo que não sou boa em saber o que querer.
Mas tudo se ajeita no final...
Agora só quero uma pausa pro café. "