segunda-feira, 31 de maio de 2010

' Pausa dramática

Odeio admitir, mas às vezes até as palavras tornam-se algo desnecessário. Acho que é o momento de calar! Calar e esperar, ter paciência. Mesmo que meu coração grite, desesperado, esperando de mim alguma reação transmitida e traduzida em palavras, eu não o farei. Palavras tem poder, mas não é sempre que podem mudar situações. E se jogadas em vão, podem ter um efeito desagradável, ao invés de ajudar ou amenizar. Não quero usá-las de forma errada, em momento desnecessário - minhas palavras. Com meu coração aos pulos e minha alma impaciente, enfim, me guardo dentro de mim e me calo.

- Dessa vez não irei atrapalhar... Eis o recesso.

domingo, 30 de maio de 2010

' LIFE...

Há alguns anos eu costumava escrever mais, bem mais. Eu simplesmente fechava a maldita porta do meu quarto e enquanto o mundo ficava inerte lá fora, eu sentava no chão, olhava fixamente pro nada e pensava nas coisas que poderiam me deixar forte. Eu sequer chorava. E me obrigava a ser uma rocha. Por um tempo funcionou, e então as paredes começaram a ruir. Ser minha própria rocha já não funcionava tão bem. Mas eu me apegava às canções. E havia uma, específica e especial... a verdade que eu agarrava com unhas e dentes e fazia minha. Só minha. Repetia aquela letra por dias e meses... e de certa forma funcionava. Mas eu continuei, segui em frente, e encontrei pessoas para me sustentar. Não me sentia sozinha assim, há muito tempo. E agora eu preciso ser novamente, a minha própria rocha, para apenas continuar mais uma vez.

"Eu nunca vou me acostumar a essa velha cidade suja

Não consigo rir com a cabeça abaixada
Ei, todos vocês que vivem apressados:
"Seus sonhos se realizaram?"
Pois eu ainda estou lutando para isso acontecer

Ao invés de voltar para a minha infância
Eu quero tentar viver o presente
Apesar de ter nascido covarde

Eu vou para um lugar ensolarado,
Ergo os braços para o céu, e me pergunto:
"Assim poderia alcançar aquele céu?"
Foi o que pensei...
As asas que eu uso para voar
Ainda estão invisíveis
Apenas por não ser fácil, é que continuo vivendo.
...
Todos os dias que vivi até hoje
Me fizeram o que eu sou hoje
Apenas por não ser fácil
Que continuo vivendo."

- Mas meu coração queima e minhas paredes continuam ruindo...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

' Manual de Instruções.

Pessoas poderiam ser algo de uma superficialidade e simplicidade tremenda, principalmente e especialmente na questão dos relacionamentos. Deveriam ser facilmente compreendidas, sem precisar de rodeios, floreios ou outras eteceteras. Assim, ao começar uma relação, qualquer que fosse, já seria especificado: "O que teremos, afinal?" - "Com você eu quero só sexo!"; "Quero passar o tempo e não quero cobrança. Longe de mim com esses títulos de 'namoro' ou coisa do gênero."; "Te vejo nas segundas, terças e quartas. Nada de apego ou sentimento..."; enfim, as verdades seriam ditas no princípio, ambas partes aceitariam tais e não haveria subjetividades ou espaço para outros entendimentos. E então não haveria mágoa, drama, receio, dor, choro, tristeza, angústia, vazio, culpa...e uma série de sentimentozinhos. Mas as pessoas adoram acrescentar! E acrescentam apego, amor, afeto, carinho... e uma série de sentimentos monstruosos sobre aquilo que poderia ser tão simples. *suspiro*
Pessoas são sempre a variável complicada das situações. Praticamente, são a única variável. Porque a verdade absoluta já vem inserida no problema ou situação...daí, com a tal variável, tudo é alterado e no fim... BOOOOM! O mundo se explode e fica assim, de pernas pro ar.
...Seria mais fácil, fato! Lidar com pessoas dessa forma simples... Mas aí, pobre mundo, se não ficasse de pernas pro ar de quando em quando nem ao menos evoluíria!

Então prefiro acrescentar bagagens extra à minha bagagem natural, dramatizar e levar tudo ao extremo. Mas o que eu queria de verdade era ter um início supremo, que começasse com uma simples especificação: "Você é o amor da minha vida, tudo o que preciso!" - e então ouvir o mesmo em troca. Assim não haveria outra situação ou problema ou outras eteceteras...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

' As cartas que não mandei...

Gosto de colocar cartas no correio. Gosto de imaginá-las percorrendo o caminho que tem que percorrer. Até as mãos eufóricas rasgarem o envelope amassado e finalmente lerem minhas palavras. Se eu não escrevo, eu sufoco. É simples assim.
Estava aqui, num de meus momentos poéticos, querendo mandar o mundo se foder... mas pensando em você. Então, acho que vou mesmo te ligar um dia desses. Pra atrapalhar sei-lá-o-que-que-você-possa-estar-fazendo! Quem sabe assim você me destrata logo de uma vez e eu chore um pouco. Pra descarregar até mesmo as coisas que não tem nada a ver contigo. E aí eu pule alguns meses de drama desnecessário. E aí siga em frente. Só mais um pouco é o que preciso, mas não posso prometer. Dessa vez não vou responder por mim...

- Não guarde suas verdades só para si. Mentiras sinceras me interessam, e muito. Diga o que tem que dizer, querido, e não finja que tá tudo bem se não estiver.

domingo, 23 de maio de 2010

' Quero colo, vou fugir de casa...

Tudo está jogado aqui dentro. Ando anestesiada, inerte - e disso todo mundo já sabe. Mas eu quis me livrar das mãos amigas, parei com tudo que girava fora do lugar, me tranquei em mim. Era disso que eu precisava. Eu sempre terei a mim. Ainda que o mundo tenha sempre ensinado que é necessário alguém para deixar-se completar, somos inevitavelmente sozinhos. No fundo, nós sabemos disso... mas disfarçamos e fingimos que não. Quero continuar assim por um tempo considerável, fugindo de problemas, sem me preocupar com as pessoas, sem ter que me sentir culpada, sem arrastar outros para perto de mim. Não quero nada de ninguém. Não quero que queiram algo de mim. Então, aos poucos, vou me movimentar, me encontrar, deixar de me esquivar... E logo vai tudo voltar pro lugar, nada estará de cabeça para baixo, nós vamos todos sorrir. Desculpe, a partir de agora, não quero mais medir minhas palavras e fingir que não me revolto.

- Tô realmente cansada dos meus laços envoltos no pescoço, dos dramas que criei e da bagagem que aumentei.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

*suspiro*

Mas não, não vou entregar meu coração assim de bandeja. Pelo menos, não até que essa história que eu comecei esteja acabada, até que minhas esperanças sejam botadas a prova e enfim destruídas. Eu vou esperar, pelo menos uma vez, por isso que eu tanto quero... Fazia tempo que não provava do gosto de querer o "proíbido". - talvez isso me mova mais do que qualquer outro gostinho. Pode ser sim, que o mundo seja só um moinho e venha triturar meus sonhos mais mesquinhos, mas eu vou adiante e não vou me retirar dessa luta. Porque, se você me estender a mão, meu bem, eu largo essa minha vida pacata que cansei de viver e sigo seu caminho... troco tudo por seu sorriso e seu 'eu' tão lindo.

Se for pra chorar, eu choro.
Se for pra gritar, eu grito.
Se fora pra cair, eu me jogo.
Se for pra sofrer, eu me agarro nisso.
Se for pra ser feliz, que dessa vez seja por inteiro e pra sempre.
Enquanto isso eu me guardo, dentro de mim - e de você.

- "I'm waiting, I'm waiting for you..."

terça-feira, 18 de maio de 2010

' Mais um café, por favor!

É, eu tô nessa fase meio estranha da vida. Fase de intervalo, pausa pro café. Tentando reunir tudo numa bagagem, pra carregá-la depois... Sempre fui muito inconstante, e continuo o sendo! Mas, dessa vez a inconstância me levou de volta pro estado de medo e de inércia. Isso não me alegra. Queria voltar ao ponto em que eu não tinha mais medo de coisas bobas, que queria fazer tudo de uma vez, sem pensar em nada, sem parar na beirada do precipício! Aiai, preciso de inconsequência! Muita inconsequência! Vou anotar isso até nas paredes do quarto se for preciso. Tô com saudade do gostinho de quero-mais-de-tudo. Não quero desacelerar não, não mesmo! Também não estou a fim de manter o ritmo... Quero uns extremos aqui e ali, dando a face a tapa mais e mais. Não posso parar, não quero parar, não vou parar. Às coisas não resolvidas eu digo: tempo. Me agarro às esperanças recém-nascidas. Tento equilibrar os meus pratinhos, diariamente. - Eu sei que eles vão hora ameaçar cair, hora desmoronar, hora rachar e hora rodarem todos juntos. Engraçado, por um momento me pareceu que todos estavam estilhaçados pelo chão. Mas sempre há o bom e velho superbonder! Verdade... também estou em fase de esquecimento e bipolaridade. Esquecendo das voltas do mundo, das coisas necessárias... Confusão, confusão amiga. Já não reclamo mais de você por aqui... Já não reclamo mais de nada. Calma, estou pegando fôlego pra continuar, caminhando assim, livre, de pés descalços, com um sorriso maroto e muito brilho nos olhos.

- só o que penso, que gosto e que acredito.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

' Do it!

Já não sei mais definir as coisas em volta de mim com facilidade. Parece que tudo ficou embaçado, turvo e quase impossível de destinguir. Quando eu penso que essa fase passou, me vem mais angústia, mais aperto, mais indecisão. Magoar as pessoas com minhas palavras tornou-se automático. Virei uma louca desvairada, desmedida, sem receio, sem tantas preocupações, querendo mandar o mundo se foder! - parte disso é verdade, outra parte não. Não sei mais o que é drama, o que é real e o que é de fato necessário. Não consigo fazer promessas ou dar garantias. Tá tudo assim, a Deus dará! Meu buraco negro não tem fundo e parece que arrasto as pessoas pra dentro dele. Mas tem muita magia espalhada por aí. Algo fez um "clic" dentro de mim. Me deixou na ânsia de viver, despertou encanto e sumiu. Daí mais revolta! Não sei se sou estúpida demais e acredito facilmente em coisas "tolas" ou se esse não-acaso tá tentando me pregar peças. E fico aqui, tentando achar explicação, motivo... fazendo planos imaginários. Esquecendo da promessa de "viver um dia de cada vez"... E o tal do "clic" despertou o melhor e o pior de mim, deixando tudo em conflito. E aí eu fico assim, bipolar. Hora querendo fazer merda, hora querendo ficar na minha, trancada no quarto e pensando na vida, como há alguns anos atrás. As palavras são um fardo duro a carregar! Eu bem sei. E você não sabe, porque não as ouviu do jeito que eu as ouvi. E não é de hoje que esse fardo se instalou... E não foi só de uma boca que saiu. Mas eu carrego e lanço meus planos encima disso e faço dessas palavras as minhas verdades e as encaixo perfeitamente no meu drama insano e maníaco-compulsivo. Acho que esse drama é doença e por isso digo a mim: DESCOMPLICA sua vida e vai viver do jeito que bem-quiser-meu-bem! Porque a porra da vida é sua e se nesse buraco cheio de gente, se você descomplicar tudo, automaticamente TUDO vai ser obrigado a se des-com-pli-car. Porque o teatro, o drama e a cena são seus, são suas, são deles... Eu já cansei de me lamentar. *suspiro* Cansei de chorar! *explosão do ser* Estou farta de divagar sobre minha vida pra tentar auto-explicar tudinho. Mas eu sou humana e graças a Deus não sou perfeita. Também estou cansada de medir palavras... Cansada de tentar me comunicar comigo. Acho que preciso de tempo. Não acho que precise de um tempo. Acho que vou levando... Enquanto eu levo o mundo gira e uma hora tudo se resolve. Ou explode!




quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Você devia viver mais!"

Acordei mais cedo. Mesmo com o friozinho maroto, levantei, tomei um café e fui caminhar no parque. Havíamos combinado desde ontem! Corremos, caminhamos, sujei o tênis novo de lama! Quase caí. Passei vergonha não conseguindo me levantar nas barras de alongamento... Cheguei em casa bem, mais feliz. Com vontade de descomplicar tudinho! Depois do drama da meia-noite eu respirei fundo e dei um basta! Chega de complicar, dramatizar, ficar com vazios incoerentes e reclamar pelas coisas que não deram certo.

Vou comprar mel, fazer umas panquecas, mesmos sem sua companhia. Ouvir muita mpb e tirar foto dos meus dreads amarelos! Arrumar a casa, tomar café, pedir comida de passarinho emprestada pro vizinho! Depois eu arrumo um emprego, compro uma moto e faço uma facul. Aí eu saio de casa e procuro achar a essência que perdi em São Paulo. E eu vou viver cada dia bem simples, um de cada vez, sem me afobar... Preciso pintar minhas unhas, mudar o vermelho e cortar as do pé. Também tenho que colocar outro cd pra tocar e comprar alguns do Cazuza e o dvd da Ana Carolina! Eah, tem muito pra se fazer... Amanhã vou almoçar com a minha rosa querida e no fim do mês encher minha metade de beijos e abraços! *--*

- Por que eu tava reclamando tanto? O sol não se cansa de brilhar, nem no outono...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

' Cazuzando

Espero que o meu "tapa na cara" um dia seja reconhecido - assim como foi o do grande Cazuza. Com suas palavras sinceras e sua alma aberta, transparente a qualquer um, dono de uma inquietação realmente invejável... Adoraria o ter conhecido. Sentaríamos numa mesa de um bar qualquer e desabafaríamos nossas angústias e desprazeres a nos cercar, rindo pra caralho depois.
Tem dia que preciso de mais poesia. Nem cerveja, nem cigarro, nem presença. Só o nada a contemplar e o peso do redemoinho de palavras pra sustentar na cabeça. Acho que gosto de viver um dia de cada vez, sem perder a fome de cada dia - a do viver. E vou fazendo tudo que me dá na telha, falando o que acho necessário. Cansada de barrar, de não permitir e de pensar demais. Se der merda no fim, no fim a gente chora - ou reza pra alguma criatura. O que não pode é deixar de fazer.

- Mas não diga que não avisei!
- Não irei. Sempre imagino o preço a se pagar no fim. Me faço de boba, mas não sou. Mas eu gosto de pagar pra ver, gosto muito.

sábado, 8 de maio de 2010

"Quero marcar minha existência...

...não posso parar!"

Um recipiente - pensava. Vazio e transparente. Incapaz de absorver qualquer coisa. Estava errada, afinal. Bastou uma frase sensata dela e um pouco de atenção dele. Acho que enfim me encontrei. Fico feliz! Feliz como não me sentia há dias... e feliz com pouco. Com música, vozes, sorrisos, olhares, melodias, detalhes, poesias não ditas, aquela essência bendita! Ah, posso suspirar aliviada... Tenho novos sonhos pra sonhar, medos pra sentir. Sem cobranças internas pra aguentar. O mundo não cabe mais na minha mão, ufa! Não vou parar de acreditar. Não vou deixar de me apoiar em quem eu tenho.

- Ela era completa, só tinha esquecido disso!

' I feeeeel goooood! ~

Enfim, acho que me achei ;)




- Aaaah, nada como um passeio em São Paulo - Paulista pra reanimar o ânimo! *-*

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Confesso...

"Confesso, acordei achando tudo indiferente
Verdade, acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final
Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas
Mas eu sempre quero mais
...
Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer
Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade
Mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo
Ou não volte mais"

- Vou deixar a Ana Carolina falar por mim. Hoje eu tô cansada demais, até pra falar.