"tic...tac...tic...tac..."
E o tempo vai passando, sem perdoar meus receios, sem parar pra que eu tome minhas decisões ou cometa meus erros. O tempo vai passando e o mundo não vai parar, mesmo que eu grite "Pare!".
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Eu estava quase enlouquecendo com o barulho do relógio que aumentava e me irritava mais a cada dia. Dias esses que acabaram por perder a cor e até mesmo o sentido. As paredes quase me sufocavam e eu já não aguentava mais ter meus pensamentos rodando sem chegar a lugar algum. Definitivamente basta!
Havia chegado ao ápice da loucura, e só então puder perceber o que aquilo estava fazendo comigo. Me olhei no espelho e enxerguei a face envelhecida, com lágrimas nos cantos dos olhos e cicatrizes, várias cicatrizes... Tudo que eu evitara durante todos esses anos e agora estava ali, diante de mim, dentro de mim. Fechei os olhos e respirei fundo, até encontrar uma solução. Fiz com que meus pensamentos voltassem ao caminho correto e só então as cicatrizes foram desaparecendo, lentamente, até não restar mais nenhuma. As lágrimas sumiram e o sorriso voltou. Aquele sim era meu verdadeiro reflexo, e só meu. Me lembrei então, onde havia colocado a chave da porta. Corri ao encontro dela e finalmente pude abrir a estreita porta de madeira que me separava do mundo lá fora. Prometi a mim mesma que não me deixaria levar pela loucura e que nada mais poderia me corroer, e assim contemplei o lindo dia de verão, sem pensar no antes ou no depois. Contemplei aquele dia como se fosse o último e assim pude ver a outra face do tempo: a que põe os momentos, as horas e os dias a meu favor.

Eis que resolvi, depois das contas Google terem praticamente me obrigado a tal, criar um novo blog. Mas eu não vou assassinar o Nyappi, vou seguir com os dois.
Porém, o novo blog será apenas para meus mini-contos e mini-textos que por obra do acaso são escritos, sob forma de um alter-ego. Sim, apenas os textos insanos que não tem ligação direta com minha vida e afins.
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Conheçam "Lugar Nenhum" , o meu mundinho particular!
Espero do fundo do meu rim que apreciem tal e deixem comentários.
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Ná-chan agradece sua atenção.
:)

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- Tome essas pílulas... - disse o homem estranho e com o par de óculos mais rídiculo que já encontrei na vida.

- Ok... - eu suspirei receosa, pensando o que tais comprimidos coloridos fariam comigo e onde ajudariam na minha conturbada vida. - Pra que elas servem? - perguntei finalmente.

- Você precisa de um pouco de verdade, garota! - ele disse, voltando sua atenção para algumas folhas sobre a mesa.

Eu continuei encarando-o, esperando alguma resposta melhor.

- Tenho outros pacientes, sabia! Até mais senhorita! - ele disse, num tom de ordem mas com a expressão ainda tranquila. Eu respirei fundo novamente e me levantei, batendo a porta ao sair daquele lugar que inspirava a loucura.

Caminhei pelos corredores para fora dali, ainda observando a caixa de comprimidos e depois examinando a cartela de coisinhas coloridas. Resolvi pegar duas, logo de uma vez, e as coloquei na boca sem medo. Afinal, não teria nada a perder... Nada aconteceu e eu continuei caminhando pelas calçadas sujas da cidade, rumo a minha casa. Foi então que uma vontade súbita veio a tona e eu parei no meio do caminho. Respirei fundo e comecei a correr, em direção à casa...dele?! Quando percebi já estava tocando a campainha impacientemente pela terceira vez, até que ele finalmente abriu a porta. Então eu o encarei por um segundo e tomei ar:

- Eu amo você! E eu não suporto mais o fato de tentar enganar a mim mesma! Eu sei que você é um cretino, estúpido e... cretino! Então eu não tô te pedindo nada... Pode ficar aí parado me olhando com essa cara de tonto. Pra mim já chega, estou tirando você oficialmente da vida... e saiba que essa brincadeira de sentimentos só funcionou na sua cabeça, porque eu nunca me deixei realmente levar por essa bobagem toda... Mas eu sou humana e não
pude não amar você, fato do qual me arrependo muitíssimo. - as palavras foram saindo da minha boca rapidamente, sem que eu pudesse detê-las e eu só conseguia observar seus olhos bonitos e brilhantes na minha frente.

- Hey, você tá bem? - ele perguntou assustado quando eu precisei tomar mais ar, depois de falar tanto.

Mas eu ignorei a pergunta. - Quer saber? Eu quero que você se FODA! - então eu lhe dei as costas e caminhei de volta para a rua, tranquilamente, com pensamentos insanos me atordoando e eu me questionando por que tinha feito aquilo. - Nossa, que roupa ridícula, senhora! - eu gritei, quando uma mulher estranha passava do meu lado com aquelas roupas que pareciam compradas com cinco reais.

Eu corri novamente, desta vez até o parque mais próximo e me sentei na grama. Estava cansada depois de correr e então decidi tirar minha blusa, ficando apenas com meu sutiã preto. Deixei a blusa de lado e me deitei na grama, estando então perdida em meus pensamentos e ignorando os olhares furiosos e de desaprovação sobre mim. Eu fiquei largada por um tempo, até por fim adormecer...

Então eu acordei. Mas acordei na minha cama com lençol rosa. Olhei em volta estava de fato no meu quarto, com o despertador tocando uma música legal, programado por mim na noite anterior. Sim, eu estava acordada e estava de volta ao mundo real. Ao mundo hipócrita, onde eu deveria saber medir minhas palavras e teria que controlar minhas ações para que minha
mãe não me internasse. "Foi apenas um sonho, afinal!" - pensei, enquanto me levantava e me conformava com aquele mundo. Mas algo ainda me incomodava, então eu caminhei até o telefone e disquei aquele número que sabia decor. Após uns segundos ele atendeu, com a voz muitíssimo sonolenta e baixa. "Alô?" - ele disse e depois bocejou. Então eu respirei fundo e disse: Eu quero que você se foda! - então desliguei o telefone com um sorriso, como se tivesse tirado um peso enorme das costas e fui preparar meu café da manhã.

"Que unhas bonitas!"

"Ah, obrigada!"

"São diferentes... interessante!"

Mas isso não é sobre minhas unhas ou sobre a cor do meu cabelo, é sobre as pessoas e seu dia-a-dia. Porque eu descobri que é bem emocionante quando você conversa com alguém em quem você não tinha reparado antes. E como é lindo sorrir e agradecer as pessoas que trabalham enquanto você apenas larga seu mundo próprio e vai até a padaria ou o mercado. É bonito sorrir e ser gentil com gente que você não tem a mínima idéia de quem é ou como é sua vida...
Isso é sobre pessoas, é sobre viver. É sobre estar bem com você mesmo e tal fato ser visível ao olhos alheios. É sobre simplicidade e a beleza das mínimas coisas, porque eu acabei percebendo que extravagância só é boa de vez em quando e o que realmente importa são são as cócegas, os abraços, os olhares e os sorrisos.
Ah, foda-se se o mundo tá mais preocupado com a última moda ou com a nova besteira da Britney! Só me deixa aqui olhando o mundo rodar que eu quero descobrir onde é meu lugar. Por enquanto eu vivo em Lugar Nenhum, que é paralelo ao mundo normal. Mas já já a hora de sair de casa antes do sol nascer vai chegar, então, por enquanto eu vou dormir até tarde e vou rir o quanto eu puder, porque um dia eu vou olhar pra trás e quero ao menos me orgulhar de algo.
Ok, por enquanto eu me orgulho da cor das minhas unhas, mas futilidade é um outro assunto...

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The start of something new...

Assim como várias coisas na vida, a amizade pode ser algo por deveras complicada... de se manter, principalmente. Já me disseram que amizade verdadeira não existe ou que não se deve confiar nas pessoas, já que o ser humano é algo indecifrável e por vezes traiçoeiro. Mas eu sou teimosa e não acredito em tudo que me dizem, então, apesar de ter sido decepcionada várias vezes pelas pessoas, eu continuo acreditando na outra face delas... o lado bom e incrível de se descobrir...

Recentemente eu me descobri viciada em pessoas (o teatro colaborou muito!). Em conhecê-las, examiná-las, avaliá-las ( me esforçando ao máximo para não julgá-las de forma alguma e tendo algum êxito - sabe, ninguém é perfeito...) e descobrir tudo que puder sobre cada uma. É fato que cada pessoa age de uma forma, dando espaços limitados ou não, para que você a conheça mais a cada dia...

E então, eis que em um simples exercício de uma aula do teatro eu encontrei você! E desde então nós conversamos em um mês, aproximadamente, sobre tudo que nos passou pela cabeça e eu te conheço mais do que a outras pessoas que conheço a mais tempo. Claro, nossa sede por novas descobertas um para com o outro ajudou demais, já que ambas as partes colaboraram! É bom experimentar essa sensação diferente, ter uma pessoa que já parece amiga desde a infância e saber que pode contar com ela desde agora. Indescrítivel!

Em meio a minha rotina que havia se tornado bem cansativa eu acabei encontrando mais uma cor para preencher o meu dia e estou realmente adorando tal. Eu acredito que essa enorme e inexplicável ligação não seja por acaso, então proponho que nosso destino nos leve aonde quer que for e que o resultado desse começo seja somente posivito!

Como eu disse, há uma citação minha de uma de minhas histórias...

"Uma alma tem uma outra à qual pertence. Ligar as duas é tarefa do destino. Pode ser que a junção das “metades” dure uma vida, duas ou mais... Mas o processo sempre é completo." - e por isso chamo a história de "Irmãos de Alma".

Estranha ligação. Alma gêmea. Irmão. Resultado de vidas passadas. Amor não carnal, porém, mais profundo que este. Não sei como chamar. Só sei que essa sensação me agrada e muito!

Dedicado a você, Pierre, com muito carinho.
♥

"Mas é você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem..."

Então eu já tive medo que a melhor fase da minha vida terminasse um dia. Foi tão especial e marcante que eu gostaria de me agarrar a ela com unhas e dentes para que não fosse embora.
Mas em meio a uma fase de transição, cheia de surpresas, medos e escolhas eu percebo que ela está então ficando para trás.
Eu já não nem sou a mesma. Eu quase já não gosto das mesmas coisas e surpreendo-me em me apegar à outras.
Os dvds de animes sobre a penteadeira já não fazem a mínima diferença. Aqueles rostinhos bonitos com olhos gigantes, apesar de não terem perdido o significado, não me prendem mais como antes, mesmo que eu tente. As fanfics escritas, das quais só me orgulho de uma, não fazem mais sentido e já não consigo mais escrever histórias com personagens emprestados... E talvez os livros cheios de magia e mistério não sejam os mais legais.

Talvez seja apenas mais uma fase ou talvez seja só um mecanismo de defesa que me obriga a procurar por coisas novas enquanto faz com que eu me livre das antigas.
Na pior das hipóteses eu estou envelhecendo e amadurecendo. Mas, sinceramente, não é o que eu gostaria que acontecesse... e por que eu ainda pareço uma pirralha quando olho no espelho ou quando tenho medo de decidir algo sozinha?
O mundo continua girando e cada vez mais eu tenho a sensação de que estou perdida, e parece que ele quer arrancar de mim as coisas de que eu tanto gostava...

Pois bem, no meio de tudo isso eu ainda tô com gripe e um tanto entediada. A mesma sensação, que aparece de tempos em tempos: de querer escrever algo e não conseguir. Eu me livrei das fanfics, afinal! Algo a menos para pensar... Mas por que eu não consigo escrever coisas que acontecem diariamente com as pessoas? Não seriam estas mais fáceis?
Eu só quero uma boa história para contar, algo que ao menos surpreenda as pessoas... Eu acabei me cansando até dos vampiros!
Talvez seja verdade que tudo que é demais enjoa... E pensando bem, agora tenho medo do que uma amiga me disse certa vez: "Será que as idéias do mundo já foram esgotadas?" - eu só queria algo novo, mas talvez esteja longe do meu alcance escrever algo assim...
Talvez seja apenas mais um bloqueio criativo e assim espero.
Então vou tratar de continuar vendo Lost e esquecer das minhas preocupações enquanto puder adiá-las. Ainda pensarei em algo que mate minha sede de escrever!


Dude, I am really LOST! XD

É preciso parar de olhar em volta, procurando por características que me façam igual aos outros, e portanto sejam certas ou erradas...

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Uma música feliz e outra que eu não consigo parar de cantar (que me faz lembrar você). O cheiro de dúvida no ar e a incerteza sobre as atitudes tomadas... Pijama de bolinhas e resfriado depois da chuva de ontem. Eu só quero me perder na imensidão do céu que observo pela janela, apesar dele não estar rosa... A briza suave passa por mim e eu quero me sentir confiante!
Então, que seja o que tiver que ser a partir de agora... E que meus erros me levem para algum lugar, mesmo que este não seja dos melhores... só peço que me levem!

'Sem arrependimentos e sem pensar no ontem, eu prometo! :)

Pela janela do ônibus...

Observava as ruas e as pessoas agitadas que corriam à procura de abrigo e até mesmo aquelas que caminhavam tranquilamente sob seus guarda-chuvas coloridos, ou não. Os fones de ouvido me faziam viajar ao som de músicas tranqüilas que faziam meus pensamentos girarem, passando por diversos pontos... Eu estava inerte ao mundo ao meu redor e era como se eu nem estivesse ali, apenas aproveitava o momento. "Mas... por que as pessoas têm medo da chuva?" - elas se irritam com esta e limitam seu dia-a-dia... E então, observando os muros pichados e até mesmo as poças d'água daquela rua calma, pela primeira vez eu fiquei feliz por um dia chuvoso. Como se nada pudesse me afetar naquele momento eu segui para então me deixar molhar pelos grossos pingos de chuva, até chegar ao meu destino... Foram longos minutos de espera e conversa jogada fora, eu estava impaciente... Até que algumas das pessoas que deixam meus dias mais alegres apareceram para completar a noite...

Eu realmente adoro aquele lugar e não suporto pensar em ter que deixá-lo repentinamente... Foi então que novamente perdida em meus pensamentos inoportunos, eu derramei algumas lágrimas e a sensação de inérica finalmente desapareceu. Um abraço pode fazer uma grande diferença, às vezes... Um abraço sincero era tudo de que eu precisava...

Quase havia me esquecido como é bom contemplar tudo a minha volta... Simplesmente indescritível! Me faz esquecer tudo que estou arriscada a perder e ganhar; as decisões que preciso tomar e o caminho certo a seguir... Então eu só quero ficar aqui, sossegada e trancada mais um pouco no meu próprio mundinho, ao som das músicas que me fazem vibrar... O dia chuvoso fez o mundo lá fora parar e por hora isso basta a mim, quero dormir com essa sensação...

Em memória dos sorrisos, abraços, palavras de conforto, dos ombros amigos e principalmente das coisas simples da vida e dos pingos de chuva mais felizes que já presenciei.

. Viva a sociedade alternativa!

Eu não aguento mais esse olhar sobre mim, insinuando o que devo fazer. Estou realmente começando a me irritar quando dizem como devo me comportar ou qual é o tom ideal da minha voz ou o que tenho que fazer com meu tempo livre... Então hoje eu não vou ouvir essas "vozes" na minha cabeça e não vou me importar com seu olhar de reprovação! Eu vou apenas fazer do meu jeito... mesmo que eu quebre a cara lá na frente.

Cansei de olhar em volta e me sentir aflita ou sufocada ou sob pressão... Cansei de procurar em mim o que eu vejo nas outras pessoas!

"Tem dias que a gente acorda disposto a levar tapa na cara...mas tem dias que não."

"Olhando por entre as grades o que a vida podia ser."

O que as pessoas esperam de você?
Que você se vista bem, que você se comporte dentro do ônibus, que não fale palavrão e siga as regras.
Que estude muito até ficar sobrecarregado, que respeite os mais velhos, seja bronzeado, goste do seu país, tenha um cabelo bonito e uma bunda grande.
Que você tenha um bom emprego, uma linda casa, o carro do ano, noções de etiqueta. Case e tenha muitos filhos ao lado da pessoa que você escolheu e envelheça ao lado dela numa cadeira de balanço, até ter as pernas atrofiadas, ser esquecido pelo mundo quando não estiver mais lúcido.

Esperam que você seja perfeito e siga o caminho correto junto ao resto do grande rebanho.
Eu não sou o tipo de pessoa revolucionária em relação ao mundo, fato! Eu sou acomodada como a maioria e admito que não faço nada útil para a humanidade. Mas eu, ainda que ninguém perceba, me esforço pra mudar o mundo de que eu faço parte, o mundo perto de mim. E faço isso tentando mudar constantemente a mim mesma. É complicado e eu vivo me perdendo... Eu já perdi tantos conceitos que foram inseridos dentro de mim... Já perdi a vontade de realizar certos sonhos.
Já perdi amigos. Já perdi momentos. Já disperdicei palavras que me custaram outras pessoas... Tudo pelo meu maldito impulso.

Eu já não sei mais o tipo de pessoa que estou me tornando, e na verdade... acho que nem me preocupo com isso.
Eu já quis a liberdade, mas me mostraram que isso não vou obter completamente... E mesmo que obtenha parcialmente, não será fácil.
Eu já quis sumir e confesso que as vezes ainda quero!
Eu já quis mudar o mundo... Até descobrir que eu só posso abraçar o que está bem pertinho.

Então, o que eu espero de mim?
...
Eu só quero ser uma pessoa forte que se esforça para conseguir o que quer. Quero ser menos complicada!
Quero simplificar e não ficar parada, quero escrever algo que toque as pessoas, quero que minha vida seja mais agitada!
Eu quero apenas estar no controle! Controlar a minha vida e o que eu sou!

I gonna be a Joker, baby! ;)


E quanto a tudo que está me irritando hoje... as pessoas, os pensamentos, as coisas que não vão bem e até o maldito calor...

Fuck Off! ~