domingo, 30 de agosto de 2009

' Necessidade de falar

Eu sou sensível, mas tento provar a mim mesma que sou forte. Odeio chorar, mesmo se estiver sozinha, e admito: sou medrosa. Sei me fingir de boba e apesar de desajeitada e avoada consigo entender mais do que sabem que consigo, nos momentos certos. Às vezes eu realmente acho que contos de fada podem ser reais... levo um tapa na cara toda vez que lembro da realidade!
Eu prezo bem mais uma amizade do que um amor, talvez porque tenha me forçado a lidar mais com a primeira, deixando minha insegurança e todo o meu medo no segundo. Às vezes eu só queria conseguir me preocupar menos com as coisas e levar a vida numa boa, sem neuras... mas eu sou ótima em complicar até o mais simples. Necessito fazer drama primeiro, pra depois levantar a cabeça e seguir em frente. Eu pareço uma criança que faz birra quando algo em que apostava muito não dá certo.
Tenho raiva de gente não-esclarecida e apesar de não me expressar bem com palavras de fato, eu odeio quem simplesmente se faz de desentendido e guarda mágoas pra si... E odeio mais ainda quando eu não consigo dizer algo que julgo necessário. Acumular palavras dentro de mim é um veneno... Não é a toa que sou tagarela e por falar demais digo por diversas vezes o desnecessário. Tem dias que tudo me faz chorar e tem pessoas que só me fazem sorrir.
Ainda gosto de quem me desafia e até mesmo situações inesperadas. Dá vontade de fugir delas, mas eu tento respirar fundo e prosseguir, nem que seja pra olhar pra trás e dizer "Você foi estúpida quanto a isso!". Sou impulsiva e só penso depois de falar. Talvez isso nunca mude, não importa quantas vezes eu passe maus bocados por isso...
Eu sou viciada em pessoas. Adoro observar a cidade com gente passando de um lado pro outro... todos diferentes, cada um na sua própria vida, como se cada pessoa daquelas fosse deslocada do mundo, quando na verdade são elas parte de um todo e eu sou deslocada, naquela cena. É bom observar o caminho pela janela do ônibus e com fone de ouvido... É bom ver gente, subir no palco e suspirar por alguém.
É incrível como tem momentos que tudo perde o sentido e parece que o amanhã não será tão prazeroso... Confusão e lágrimas aparecem e depois eu consigo sorrir de novo, com essas lembranças e coisas nostalgicas que moram em mim e me fazem 'mutar'...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

' life


Você se lembra de tudo que deixou pra trás?
Tudo que adiou e tudo que substituiu... Quantos passos a vida te obrigou a dar em falso? Com quantas pessoas em ocasiões diferentes você aprendeu a ser fria? Foi isso que te ensinou a ser forte... Você caminha com aquele mesmo brilho no olhar? Consegue prender seus olhos no céu azul por quanto tempo? Quantos sonhos desistiu de sonhar e quantos tapas na cara levou para aprender que não pode controlar tudo?
O medo, a saudade, a nostalgia e a angústia ainda estão aí dentro... Por que ainda se abate se sabe que é apenas a vida fazendo seu trabalho?
...
"Yume wa kanaimashita ka?"
"Seus sonhos se tornaram realidade?"
...

Disposta a levar tapa na cara, agora mais vezes do que antes, um pouco mais pessimista e com um tanto menos de esperança no coração... De repente tudo pôde ter sentido novamente. Será que dessa vez, se eu gritar o seu nome você poderá me escutar? Você consegue ouvir o meu grito desesperado chamando por você? Só queria continuar acreditando que sim...

"Os dias que vivi até hoje me fizeram como sou . Apenas por não ser fácil continuo vivendo!"

domingo, 9 de agosto de 2009

I'm happy, I'm happy!

Assistir One Tree Hill definitivamente mexe comigo. Eu me identifico com essa série de uma forma diferente. A cada citação, conhecida ou não, a cada reflexão diante de um personagem ou fato no contexto dos episódios, me faz aproximar essa realidade de "american way life" à minha vida. Entre suspiros e vontade de deixar o choro vir à tona eu me pego pensando em mim e no meu futuro, refletindo sobre o que eu vejo. É meio inexplicável, enfim.
...
Ontem eu fiz uma boa ação. Doei sangue para alguém que sequer conheço, mas que precisava disso. Fiquei muito feliz comigo por tal feito! Uma coisa tão simples que nos esquecemos de valorizar ou adiamos... E então, quantas vezes você "adiou" sua vida? Me peguei pensando nisso hoje. E pensei nisso pelo simples fato de não ter conseguido escrever um capítulo qualquer de uma história banal. Eu me irrito por não conseguir escrever e me irrito absurdamente mais exatamente por me irritar com isso. É isnano. Mas eu me sinto inútil diante de tudo quando as palavras não vem... Eu não canso de repetir isso, e talvez por ser uma das coisas que realmente me importem eu continuo...
Voltando ao fato de adiar minha vida... É tão fácil imaginar que tenho uma vida toda pela frente. Posso passar horas e horas olhando pro nada e pensando em como tudo vai ser. Os flashes invadem minha cabeça enquanto sensações os acompanham. Medo, dor, alegria, nostalgia... Tudo isso de uma só vez. E eu acabei descobrindo que pensar no "hoje" é bem mais complicado. São as escolhas que determinam o futuro e é obviamente no presente que tenho que fazê-las. As coisas mais simples me indignam! Isso nunca vai mudar. Então, eu adio minha vida todos os dias quando desisto de ler, escrever, estudar, desenhar, pintar... Quando eu deixo tudo pra depois. Quando eu durmo demais. Quando eu fico entediada. Isso me frustra... Já faz um bom tempo que venho tentando combater isso. Mas mudar realmente não é fácil.

A vida tem se tornado cada vez mais surpreendente. E essa surpresa vem com erros, acertos, reflexões... Talvez isso seja amadurecer. E por fim, mesmo estando chocada com minhas falhas ou com lágrimas no canto dos olhos pelo episódio que acabei de ver, de uma forma estranha eu estou feliz. Eu estou sorrindo. Por que nessa fase tão positiva eu teria motivos para não sorrir, afinal? É que eu nunca vou parar de me pesar numa balança imaginária. E espero não parar de me irritar comigo, porque o dia em que eu parar... bom, estarei de volta ao inferior da pelagem do coelho, aconchegada! (e isso é deplorável, acredite!)

Quando eu fiz 18 anos eu não entendi a força de tal. Mas após um tempo...

"...Então, como se sente com dezoito anos?"

"Sinto que posso mudar o mundo!"

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

' Girando

Voltei a me questionar sobre coisas que estavam guardadas aqui dentro há um tempo. Várias coisas têm me feito tentar resgatar um pouco do "velho eu" que eu havia deixado de lado. às vezes a gente percebe que mudar tem seu lado nem tão bom assim...

Mas o que realmente importa na vida? Ter um carro novo, aquele com que você sempre sonhou. Conquistar sua própria casa e seu próprio espaço, deixando sua família de lado. Encontrar o amor da sua vida, aquela pessoa que finalmente te fará sentir completa. Caminhar no parque com seu cão, depois de uma semana inteira de trabalho árduo. Assistir um pôr-do-sol do lado de alguém realmente importante. Ter muito dinheiro. Ter uma profissão bacana que te faça ficar sentado durante o dia todo na frente das mesmas pessoas e do mesmo computador. Viajar pelo mundo em busca de algo que te faça sorrir... Tudo isso, não importa o quanto eu pense a respeito, acaba parecendo mera futilidade. Pensar no que se tem hoje e imaginar como será o próprio futuro, é mais complicado do que parece. Não tem como simplesmente pesar numa balança o que pode ser fútil ou não na sua vida inteira... Tudo parece futilidade, eis o ponto. - um pedaço de mim, faz questão de lembrar disso.
Mas há outra parte. A que gosta das coisas simples. A que se revolta em observar as pessoas à sua volta vivendo no modo automático e se irrita ainda mais em ver a si própria, falando mais do que agindo, sentada no mesmo lugar e cansada de observar o mesmo céu pela mesma janela. Quando eu penso no que eu quero pra minha vida eu vejo mais do que independência ou um trabalho maçante. Eu vejo sorrisos e pessoas felizes. Abraços, palavras carinhosas... Claro que a parte difícil nunca vai deixar de existir. Decepções, desencontros e coisas acontecendo fora do meu controle. Mas só de viver sob esse céu maravilhoso já faz tudo valer a pena. Contudo, eu quero continuar observando-o pelo lado de fora, e não mais aqui dentro na frente dessa tela colorida.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Quem disse que a opinião das pessoas é mais importante que a minha?

Olho em volta. Vejo fotos, pessoas sorrindo, algumas palavras sinceras aqui e ali... Mas não são para mim. De repente parece que todo mundo é muito amado e eu só fico podendo olhar de fora, esperando que isso talvez seja para mim um dia.
Acho que mesmo se me dissessem essas palavras eu ia preferir não ter ouvido. Iria duvidar e desmentir. Iria trancar a portinha do mundo só meu e continuar contemplando meus próprios pensamentos, analisando e pesando numa balança imaginária se comigo também é assim. Ou foi. Ou pode ser.
Às vezes a grama do vizinho parece mais verde. Me odeio por pensar assim. Porque o que a Natana faz nunca está bom, nunca é perfeito. Porque essa coisa de perfeição justo comigo? Queria me contentar com minhas próprias palavras, seria bom. Mania chata essa, eu sei. Mas não tem como impedir! Não importa o que eu faça, diante dos meus olhos vai ser sempre incompleto. Deve ser uma espécie de carma ou maldição, não sei.
Por fim é nesses dias que me irrito completamente comigo. O tédio começa a tomar conta e eu começo a fraquejar com as palavras... As coisas vão pedendo o sentido e eu canso disso, canso de ser sempre eu, essa pessoa tão complicada... Dá vontade de deitar na cama, toda largada, olhar pro teto e fugir pra longe do que sou. É um momento bem estranho, particular e um tanto insano, claro que é. Mas eu não quero ser outra pessoa não, seu moço! Acho que vou apenas me reinventar! ;)

domingo, 2 de agosto de 2009


Todos aqueles sonhos que eu tive quando criança... Toda vez que via uma grande amizade acontecendo, um conto de fadas com final feliz ou mesmo uma viagem insana pelos países mais próximos - tudo isso acontecendo num filme ou em uma novela...
Qual é a verdadeira diferença entre a realidade e a ficção da tevê? Eu sempre ouvi que a arte - seja qual for - imita a vida, mas na prática eu acabei deixando os sonhos de lado e comecei a ser o que chamam de "realista". Talvez eu tenha realmente descido pela pelagem do coelho... Não, tenho certeza que desci! Estava quase colada novamente, lá embaixo, quando de repente apareceu algo que me fez querer voltar ao topo. Meus olhinhos começaram a brilhar com cada vez mais intensidade e tudo pareceu ser mais fácil então. Como se tivesse despertado de um sonho de anos e anos. E a vontade de viver, sonhar e fazer tudo acontecer retornou para mim. Quero sentir o gostinho da liberdade e do vento bagunçando meu cabelo. Colocar uma música com clima de estrada no rádio e continuar sorrindo. Quero acreditar nessa vida e em tudo que posso fazer dela.

- Sorria. Isso basta.