Hoje eu tive uma experiência diferente.
Eu comecei a fuçar a caixa com todas as fotografias da família. Cara... Isso é tão masoquista, de certa forma.
De repente eu comecei a pensar em uma história que talvez me pertença... na verdade, a história que veio antes de mim e antes do que eu sou agora.
Encontrei fotos da família, na década de 70, 80, 90, sei lá. Com um monte de roupas estranhas, mas que pareciam tão na moda... Encontrei pessoas sorrindo, fotos brizadas e paisagens bonitas...Encontrei algo que poderia facilmente se encaixar na tela da minha tv: um pouco da vida dos meus pais, só que antes deles casarem. É difícil imaginar que eles tiveram uma vida antes de mim! hah!
Bom, depois de ver tantas fotografias e rir com as cenas um tanto bizarras, eu encontrei algo que não me pertence, mas que não pude deixar de ver de fato: um antigo diário da minha mãe. E cara... Ela contava exatamente sobre seus 18 anos (meu aniversário de 18 é em menos de dez dias!). Eu fiquei realmente comovida em ler o que ela escreveu há mais de vinte anos. Eu comecei a imaginar tanta coisa... Como foi uma etapa da vida dela, as escolhas que ela fez, como tudo acabou dando certo e como ela nem podia dizer o que o futuro reservava... Ela contava sobre meu pai com tanto amor e tanto carinho... E tinha também algo que ele escreveu à ela no mesmo diário. Eu fiquei pasmada, chocada e incrivelmente derretida! [aiaiai]Pude conhecer um pouco mais sobre eles... Acabei por sentir uma nostalgia que nem é minha e estou até agora imaginando como minha mãe se sentiria se pegasse esse diário em mãos hoje. Olhar pra trás e lembrar de tudo que ela fez...
(isso realmente me emociona)
E eu não pude deixar de pensar como vai ser minha vida daqui há vinte anos e como ela vai estar quando eu encontrar as coisas que escrevi quando tinha 15 anos e o que escrevo agora... Ela estará maravilhosa ou estará ruindo? Como eu vou ser? Ainda vou ter a essência que tenho hoje ou ela já estará arruinada devido ao tempo?... É inevitável não pensar nisso e em tantas outras coisas...
Eu descobri coisas que me deixaram feliz.
Dentre elas eu sei que não é a toa que eu adoro escrever. Minha mãe também adorava tagarelar nas folhas em branco e ela escrevia coisas tocantes... Escrevia muito bem! [*orgulhosa*]
Ah... Eu poderia ficar horas aqui tentando explicar o que eu tô sentindo.
É melhor eu enxugar as lágrimas e sumir com essa nostalgia alheia.