quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tenho feito novos planos e tido sonhos mais simples e mais próximos.
Mas ao mesmo tempo tenho vivido mais tranquilamente.
Não preciso mais falar muito. Não preciso fingir mais nada.
Muito pra mim - ainda - é muito pouco.
Descobri coisas novas que posso fazer.
E quero arriscar tanto, tanto...
Meu mundo cabe na palma da mão!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

- Quase sempre eu me sinto como uma menininha de 15 anos, correndo por aí descalça, acreditando inocentemente na vida. E na verdade, eu odeio isso.

domingo, 18 de julho de 2010

Meu orgulho ainda vai me matar um dia, eu sei, meu bem.
Passado o teatro que parecia de fantoches, onde eu era o principal
e com tudo novamente nos eixos
- sim, eu gosto de repetir isso, porque é um alívio enorme;
estou lidando com algo novo em mãos.
É a luta pra não deixar o circo semanal pegar fogo e destruir todas as minhas esperanças.
A luta por um sorriso ao invés de um rosto cansado. De um abraço ao invés de um pensamento tímido. De um beijo sincero, mesmo que todos estejam olhando.
Não tenho ouvido mais vozes na minha cabeça.
Acho que voltei a ouvir apenas a mim.
Tem muito que eu quero arriscar.
E alguns gestos me mostram que pode valer a pena!
Vamos nos enrolar no cobertor quentinho, assistir a um filme e depois fechar os olhos, sorrindo sem parar. Vamos gargalhar e reclamar juntos das coisas chatas da vida, e reclamar que amanhã é segunda e teremos que acordar muito cedo.
Hoje eu vi uma cena em sépia transformar-se numa realidade agradavelmente minha.
E de novo eu vi seus olhos.
E isso bastou.

- Pausa dramática: um momento romântico no frio!

sábado, 17 de julho de 2010

Entre fotografias em sépia, de um foco luminoso que me jogara no centro do meu mundo
eu abri os olhos.
Tudo não passa de fotografias jogadas
esquecidas, empoeiradas.
Tudo se acaba. Tudo fica, fica num passado doce
que traz lembranças cada vez mais amargas.
Será que realmente fomos felizes?
Eu sorria sem parar
E então o nosso baralho de cartas desmoronou.
Sonhei por longos meses os sonhos mais insanos
Acho que finalmente estou acordada de novo,
e a contemplar fotografias, mesmo que não sejam minhas,
eu enxergo o mesmo brilho que há em seus olhos.
E mesmo que a vida ainda não faça sentido, há muito que eu quero viver
E aprender e querer e sonhar.
Um suspiro diz mais que minhas mil palavras.
...
Que meus passos virem essas fotografias. Que um dia eu possa me orgulhar de todas elas.
E rir e chorar e dramatizar do meu jeito.
Tem um caminhozinho torto que eu quero seguir.
(torto pra você, não pra mim)
E eu vou descalça.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Já ouvi palavras duras demais até aqui. Foram disparadas de todos os lados, de várias pessoas.
Sinto muito, mas não posso me apegar a essas palavras.
Me desculpe, mas tenho que ir.
Seguir meu caminho e ver tudo com meus olhos. Tomar as minhas decisões, mesmo que bata a cara no muro.
Quero me livrar de correntes e grades.
Quero caminhar com pés descalços.
Quando eu digo isso a mim, de alguma forma parece funcionar...
E cansei de mudar aos pouquinhos. Viver um dia de cada vez nunca funcionou comigo.
Quero pensar sempre a frente, imaginar minha vida como algumas cenas jogadas num telão e tocar com minha poesia os lugares por onde passo.
Não tenho mais tempo pra pensar demais sobre a vida e ter medo de atitudes. Tô sem tempo pra dormir e principalmente pra viver.
Me desculpe, mas eu tenho que ir. Tem gente me esperando lá fora.


"A menina parou com os pés descalços diante do precípicio. Respirou fundo, encarou as rochas lá embaixo fixamente. Então recuou. Um, dois, três passos para trás... E então tomou impulso, correu se jogou!"

domingo, 11 de julho de 2010

Na volta pra casa, pela janela do ônibus
eu contemplei as ruas agitadas lá fora
e coloquei minha vida sob perspectiva.
Parei de me apegar a detalhes,
de enxergar tudo em preto e branco.
Deixei as fotografias sépia no passado.
Também não vou mais me apegar ao drama. Ao seu drama, ao meu drama, ao drama dele.
E então fechei a janela para que o vento gélido parasse de cortar o meu rosto, arrancando filetes de um sangue amargo.
Quero assistir à comédias. Rir um pouco mais das tragédias - seja de forma irônica ou não.
Fazer barulho quando passar na rua, gritar até a garganta doer e alguém se irritar.
Tinhas uns cenários bonitos que eu costumava frenquentar.
Hoje eu cansei dessa mpb com quê de bossa nova.
Gosto de ouvir rock n roll enquanto observo a janela. O ritmo acompanha melhor tudo que está acontecendo. O ritmo frenético, coisas espalhadas, mas tudo em seu lugar.
Agora não há mais dúvidas de onde quero chegar.
... Respirei fundo, levantei do lugar cômodo e dei o sinal. Esperei o veículo parar e desci com a bolsa preta de estampa rosa e vermelha. Caminhei meus passos tortos e firmes, com rumo certo...