Talvez, eles tenham escolhido nascer diferentes. Talvez não. Mas escolheram as cores ao invés do negativo, preferiram as letras ao invés dos números e optaram em desenhar formas ao invés de fazer cálculos lógicos. Pintaram, desenharam, criaram. Escolheram criar, mesmo que algo parecido com o já existente e recusaram-se a chegar ao fim das malditas inequações. Deixaram que o teatro os invadisse, perceberam que eram feitos de tudo e que não passavam de nada nesse mundo gigantesco. E ao redor de tanta gente feita de osso, igualaram-se e apreciaram os sorrisos pela rua, fotografando flores e bichos, ao vivo e a cores. A música inundou suas vidas, desde sempre. Acho que sem ela, nenhum deles conseguiria manter-se vivo. Apelaram algumas - ou muitas - vezes aos vícios da vida. Convidaram a nostalgia para acompanhar uma valsa e deitaram-se no chão, exaustos, intensos, completos. Riram-se até o mundo acabar.
E é dessa gente que eu gosto. É essa gente que me orgulha. É dessa gente que faço parte.
E é dessa gente que eu gosto. É essa gente que me orgulha. É dessa gente que faço parte.