Em geral, as pessoas criam para si ilusões que durem a vida inteira.
Eternizam o amor. Juram a Deus o casamento eterno...
Quando eu era pequena, eu me deitava pra dormir e meus pensamentos me enlouqueciam. Eu imaginava a eternidade...e tanto no paraíso quanto no inferno, aquela eternidade ia passando pela minha cabeça, sem acabar nunca, como o tic tac do relógio... O barulho ficava ensurdecedor e eu chorava com medo de ser eterna.
Quando eu crio as minhas ilusões, eu espero que elas terminem em dado momento. Pra que eu possa lidar com a perda, sofrer com o vazio e aproveitar o novo que está por vir.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
é o seu jeito. é a minha falha, o meu tédio, meu remédio. é a grosseria desnecessária. minha mãe gritando, meu pai reclamando, sua face cansada. é a falta do cigarro, é a vontade da bebida é o sexo casual. é a ansiedade vindo à tona, o copo transbordando, e a mesma mesmice. a mesma mesmice. a mesma mesmice. é a corda enferrujaga, a garganta arranhada, a perna machucada e o ego inflamado. é a cachorra latindo, você traindo, eu sorrindo. é o sono pesado, o seu muito descaso, a rotina esgotada. é o descompasso geral, que ninguém reparou. é sua irritação me irritando, em vão. tudo em vão. tudo vazio. e então...cansei!
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Quanto vale o teu amor?
O nosso deve valer uns quilômetros. E o da moça da esquina, alguns centímetros.
Você já esticou uma corda até o fim do teu amor?
Será que vai ao fim do mundo ou até a avenida?
E quanto a abrir mão de segurar essa corda?
Quanto você ama? Quanto o amor vale? Quanto tempo ele dura?
Você sabe, ele tortura.
Ele se agarra. Se desdobra. Escorre. Infiltra-se. Perturba. Preenche.
Isso porque ele é tudo. Você é todo ele, encharcado por ele.
A verdade é que ele te faz sangrar. E você reluta. E esconde. E finge.
Ele di-la-ce-ra.
Fere o ego, o seu e o alheio.
Mas você tolera. Abaixa a cabeça e se contorce. Mas tolera.
Porque você adora sofrer.
"Amor só é bom se doer" - e todo amor, sem excessão, dói demais.
O nosso deve valer uns quilômetros. E o da moça da esquina, alguns centímetros.
Você já esticou uma corda até o fim do teu amor?
Será que vai ao fim do mundo ou até a avenida?
E quanto a abrir mão de segurar essa corda?
Quanto você ama? Quanto o amor vale? Quanto tempo ele dura?
Você sabe, ele tortura.
Ele se agarra. Se desdobra. Escorre. Infiltra-se. Perturba. Preenche.
Isso porque ele é tudo. Você é todo ele, encharcado por ele.
A verdade é que ele te faz sangrar. E você reluta. E esconde. E finge.
Ele di-la-ce-ra.
Fere o ego, o seu e o alheio.
Mas você tolera. Abaixa a cabeça e se contorce. Mas tolera.
Porque você adora sofrer.
"Amor só é bom se doer" - e todo amor, sem excessão, dói demais.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
a sensação de estar jogada em mar aberto não lhe conforta?
estava revendo velhas fotografias.
sabe, juntando o hoje com o passado e refletindo tais espelhos.
acho que estou envelhecendo.
aqueles óculos escuros, as roupas, aquelas unhas vermelhas, o cabelo meio mal arrumado...
nada disso me pertence muito mais. exceto em memórias.
antes era até mais fácil cometer erros. não que eu não os cometa até hoje,
mas o peso do tempo acumulado se abateu,
e é difícil caminhar descalça, a Deus dará.
foi aí que me joguei no mar, gelado, de roupa e sapatos.
fiquei à deriva. observando o passar dos dias, das pessoas,
o moinho girar.
apenas observando...
estava revendo velhas fotografias.
sabe, juntando o hoje com o passado e refletindo tais espelhos.
acho que estou envelhecendo.
aqueles óculos escuros, as roupas, aquelas unhas vermelhas, o cabelo meio mal arrumado...
nada disso me pertence muito mais. exceto em memórias.
antes era até mais fácil cometer erros. não que eu não os cometa até hoje,
mas o peso do tempo acumulado se abateu,
e é difícil caminhar descalça, a Deus dará.
foi aí que me joguei no mar, gelado, de roupa e sapatos.
fiquei à deriva. observando o passar dos dias, das pessoas,
o moinho girar.
apenas observando...
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