domingo, 20 de março de 2011

"Don't giving up when you're young and you want some!"



Não foi uma semana muito intensa, afinal. Mas meus pensamentos maturaram muitíssimo!
Entre acentos e hífens do novo acordo ortográfico eu juntei uma série de opiniões e fiz um balanço geral do que realmente vai me importar este ano. E eu já sei o que vai me custar! Sei qual é o jogo, qual é o sacrifício e melhor do que nunca qual é o prêmio! Estou disposta sim a levar tapas na cara até o fim do ano para que depois dele eu enfim alcance meu objetivo.

Eu ralo o cu na pedra esse ano, mas eu entro na USP Lest em Têxtil e moda!

domingo, 13 de março de 2011

Para Natana: 127 horas de reflexão



Ouça "If I rise"
- de 127 horas.
Acabo de ver o filme pela segunda vez. É domingo e são 19:19 (tem alguém pensando em mim? :D). Perdi as contas de quantas vezes ouvi essa trilha maravilhosa em uma hora, desde que terminei o filme. Realmente emocionante! Bom...

As crises dos últimos tempos me fizeram refletir.
"Ele" sempre diz que eu sou imatura e que não vi muita coisa nessa vida. Sou uma novata, em minha segunda vida talvez. Seu tom de voz e suas palavras sempre indicam essas afirmações, o tempo todo e durante todo o tempo. Tenho cicatrizes sim, mas são em sua maioria bem superficiais. Talvez eu não devesse reclamar de nadinha mesmo, porque tudo sempre me foi perfeito. Mas eu tenho essa ansiedade em mim, essa coisa que não se cala nunca. E tenho também essa coisa de cobrar demais das pessoas, de julgar demais e de imaginar além do esperado. Daí torno as coisas bobas em problemas gigantes e depois me perco em meio a eles, arrastando todo mundo. Fazendo todos a minha volta os olharem e concordarem comigo, numa lavagem cerebral inútil e desnecessária. Porque eu sempre tenho que ficar me auto-afirmando. Gritando pra todo mundo coisas que ninguém quer realmente saber... Ah, meu bem, você está certo em dizer que eu exagero. Mas eu continuo sempre com cara de boba, brava e de braços cruzados, negando-me a entender.
Não sei até que ponto a culpa é minha por meus olhos não terem tido muita vida em 20 anos. Não sei se posso culpar minha família ou meu modo de agir. Talvez a única culpada seja minha alma, ainda imatura e inconsequente. Mas muitas e pequenas atitudes minhas me fazem questionar: o quanto eu dou valor às coisas? Porque dou valor demais às coisas idiotas que são meras quase-cópias do que vejo no cinema e ignoro a realidade. Ignoro a ponto de cruzar os braços e só reclamar. Tem tanta coisa que eu gosto de fazer, que eu penso amar... e eu não me esforço por nada. Por nenhuma delas. Eu mais imagino como seria minha vida do que realmente a vivo. Fico fantasiando e brincando de ignorar a realidade... Estou farta. Farta disso...
A pedra que Aron Ralston enfrentou me fez refletir junto com ele, que afirmou que a maldita pedra sempre esteve esperando por ele... E se meus olhos não viram nada até hoje, o que será que eles ainda verão? Será que tem uma pedra aí fora esperando por mim? Porque até hoje encontrei só aquelas pedrinhas bem pequenas e as transformei em grandes rochas pesadas que queriam me devorar, e no fim não passavam mesmo de pedrinhas no sapato. As quais eu podia tirar com um simples gesto. Eu deveria agradecer bem mais pelo que tenho... Por tudo! E lutar de verdade pelas coisas que quero na vida. Quero abrir meus olhos, deixar essa criança mimada para trás.
Mas eu sou tão insegura... Com as pessoas, sentimentos, coisas... Com tudo, tudo. Tudo me destrói, tudo vira uma pedra pronta pra me afrontar e eu, ao invés de lhes dar as costas, sou esmagada por ela, por elas, por cada comentário, cada pessoa, cada opinião, reação, gesto, desgosto, inconformidade... Aí fica tudo girando na minha frente e eu continuo lá parada, de mãos atadas.
Quando a vida era mais simples, lá pelos meus 15 anos, eu me imaginava como um curinga indo em direção a um muro gigante de pedra. E eu estava disposta a chegar até o muro e destruí-lo com a minha força. Hoje me vejo como uma idiota, sentada encima do muro, lamentando-se por tudo que fez e por tudo que tem medo de fazer... observando tudo que acontece lá embaixo, sem descer nunca dali.
Não quero ser ouvida por ninguém além do meu próprio ego, meu próprio eu. Não quero ser acolhida, nem rejeitada. Não quero tapa na cara, não quero correr. Vou continuar com o silêncio da noite, apenas isso. Não vim aqui implorar, nem reclamar, nem chamar atenção, nem nada. Não sei o que vim fazer aqui... nem sei como terminar, fato. Mas está tudo aí, Natana Boletini! Tudo que eu consegui reunir e projetar para que você algum dia, em algum momento e por algum motivo, se lembre de que está VIVA.

terça-feira, 8 de março de 2011

Eu só quero alguém que demonstre o quanto se importa...

segunda-feira, 7 de março de 2011

para mim.

...pintar as unhas de rosa claro ao invés de vermelho, não muda quem eu sou. trocar a cor do deliniador de preto pra marrom, tampouco. eu deveria tirar mais fotos e deixar meus pensamentos fluirem de verdade quando escrevo. deveria parar de analisar os sapatos das outras pessoas e me importar um pouco mais com os meus. usar shorts a toda hora não faz de mim uma vadia e eu realmente devia perder a vergonha de usar lenço no cabelo em público. tem dias que eu me sinto tão fútil quanto uma garota de 15 anos, mas daí eu penso que esse é meu jeito. não que eu tenha a mente de uma garota de 15 anos, talvez só os sonhos indestrútiveis. pra uma garota mimada demais eu até que sou meio inerte e paciente... deveria aceitar menos facilmente as coisas, bem menos. deveria levantar um pouco os ombros e a cabeça, pra pelo menos fazer cara feia quando alguém pisar no meu calo. também decidi que não vou mais pintar o cabelo de preto, não importa o quanto eu queira parecer mais "pinup". vou me entregar mais às coisas que gosto e ao mesmo tempo não me apegar demais. não vou mais deixar as palavras fugirem, vou lutar com todas as minhas forças... não vou ter mais medo. não vou me apegar a alguns conceitos. vou trocar as cordas do velho baixo, andar de salto alto no shopping e ter mais coragem! vou voltar a encarar as pessoas e andar de chinelo na rua... cansei de me reprimir, sabe?

~ Do it!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Nota térmica.

Gosto desse clima frio e de ficar com meias e pernas de fora. Ainda gosto de me refugiar no meu quarto quando estou bem com o mundo. Sinto saudade dos livros que me levavam a outros mundos e ainda mais saudade dos mundos que eu própria criava em minhas histórias. Gosto de como as coisas são belas no cinema. De como as cenas são pacatas, mas tão cheias de sentimento e significado. Gosto das roupas de frio europeias, dos cenários vazios e das personagens de romance tão sensíveis... Gosto de um bom cigarro. De observar sua fumaça esvaindo-se com o ar frio. E também aprecio a chuva pela janela embaçada... Adoro dormir enrolada nos cobertores, mantas e edredons que tem aquele cheirinho específico, com roupa de calor... – na madrugada sempre esfria mais e acabo recorrendo a mais roupas, mais cobertores ou simplesmente, deixo o ventinho gelado percorrer as cobertas enquanto me reviro de um lado pro outro. Gosto das meias coloridas, do café quentinho, do chá que queima a língua e das torradas caseiras. Gostaria de presenciar a neve, porém, como não me é possível fico a imaginar outras cenas de filmes... Casais de mãos dadas, brigas de bolas de neve, abraços, carinhos e olhares. O frio sempre acaba me trazendo uma nostalgia boa. Recordo outros invernos cheios de sensações agradáveis. As pessoas, a rotina, as roupas, os lugares, o perfume, a sensação térmica, o barulho dos ônibus na rua cheia de poças d’água... Sei que não passei por muitos lugares, mas me recordo dos poucos que visitei. Lembro-me de como cheirava o dia, da cor que tinha e do gosto das coisas... Um, bom café, um bom cigarro, um bom filme e um bom livro são ótimos amigos nas épocas frias. No mais, tenho ainda meu amor.